Enquanto a agência de classificação de risco Fitch deu sinais de que pretende elevar a nota do Brasil (que desde 2008 é considerado grau de investimento pela própria Fitch, pela Standard & Poor’s e pela Moody’s), a Espanha corre sério risco de seguir caminho inverso. A Moody´s divulgou uma nota em que afirma que a deterioração das perspectivas de crescimento econômico no curto e no longo prazo deve afetar a avaliação da Espanha, o que provavelmente resultará no rebaixamento de sua nota. De acordo com analistas da Fitch, o Brasil, por sua vez, apresenta desempenho melhor  do que o esperado e acima da maioria das nações avaliadas. Sinal dos tempos.
 

Imóveis

GP virou Manchete

O histórico edifício Manchete, no Rio de Janeiro, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que durante anos abrigou as empresas do grupo Bloch de comunicação, foi comprado na semana passada pela BR Properties, empresa controlada pela GP Investimentos. O negócio, o maior já feito pela BR, foi fechado por R$ 260 milhões. Segundo a empresa, sua intenção é fazer o retrofit dos 27 mil metros quadrados do prédio, o que vai consistir na reforma e redecoração do local. Além disso, a companhia pretende construir uma área de estacionamentos.
 

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Contas públicas

Governo gasta mais do que arrecada

O governo federal não fez a lição de casa. Em maio, as despesas da União (incluem Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) superaram as receitas em R$ 510 milhões – é o maior déficit para o mês desde a série histórica iniciada em 1999, segundo dados do Ministério da Fazenda. O desempenho ruim foi reforçado pela divulgação dos números de Estados, municípios e estatais de todas as esferas. De acordo com o Banco Central, os governos, à exceção do federal, encerraram o mês passado com as contas no azul.

 

Copa

A modelo e o misterioso celular

Um mistério ronda a Copa do Mundo da África do Sul: quem seria o fabricante do aparelho celular escondido nas curvas da paraguaia Larissa Riquelme? A foto, que percorreu o mundo, foi tirada em Assunção, durante a partida do Paraguai contra o Japão. Larissa, uma voluptuosa paraguaia de 25 anos e 90 cm de busto, disse que é apaixonada por futebol e pretende vir ao Brasil para a Copa de 2014. Não seria o caso de uma empresa de celulares bancar a visita?
 

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Eleições

O peso da burocracia

Que a burocracia é um dos maiores entraves para o desenvolvimento do País, não é novidade. Agora, porém, já é possível mensurar o impacto negativo que ela exerce na economia. Segundo um estudo realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o custo anual da burocracia para as empresas brasileiras é de impressionantes R$ 46,3 bilhões – é mais do que o PIB do Paraguai. Para realizar o levanta-mento, a Fiesp cruzou dados do Banco Mundial, da Fundação Getulio Vargas e da Confederação Nacional da Indústria, além de consultar estimativas de diversos organismos internacionais. Confira as principais conclusões da pesquisa.

A burocracia é ruim porque…
…incentiva a informalidade. De acordo com a Fiesp, 40% do PIB do Brasil está atrelado à informalidade (a média dos 12 países pesquisados pela Fiesp é de 16,5%).

O Brasil estimula a burocracia… 
… com uma das maiores cargas tributárias do planeta. O País possui 63 tributos federais, estaduais e municipais e mais de três mil normas voltadas à arrecadação de impostos.

US$ 1.300 é quanto poderia aumentar o PIB anual per capita do Brasil, para US$ 9.100, se o País reduzisse seus gastos com burocracia para o mesmo nível de países como Alemanha, Espanha, Estados Unidos e Japão.

R$ 46,3 bilhões é quanto as empresas brasileiras gastam, por ano, com burocracia. As despesas se destinam principalmente a demandas tributárias dos governos 

 

Ciência

O código secreto de Platão

Desde que o escritor americano Dan Brown fez fortuna com O Código Da Vinci, livro que vendeu mais de 80 milhões de exemplares, uma série de pesquisadores se dedicou ao estudo de supostos segredos ocultos capazes de conter verdades universais. Na semana passada, a revista americana Apeiron publicou um artigo do britânico Jay Kennedy, professor de história da ciência da Universidade de Manchester, que afirmou ter desvendado os segredos contidos nas obras do filósofo grego Platão (que viveu 400 anos antes de Cristo). Observe as justificativas de Kennedy.

O que o pesquisador diz ter descoberto: Kennedy afirma que desvendou os segredos ocultos nas obras do filósofo grego Plantão.

Que segredos são esses:  O estudo afirma que Platão teria antecipado a revolução científica promovida por Galileu Galilei e por Isaac Newton. De acordo com o pesquisador britânico, Platão decifrou a estrutura básica do universo.

Como chegou a essa conclusão:  O pesquisador afirma existir um suposto “Código de Platão”, decifrado a partir da leitura das obras do filósofo. Segundo ele, Platão utilizaria um padrão regular de símbolos, herdados dos antigos seguidores do matemático Pitágoras, para dar aos seus livros uma estrutura musical.

Que estrutura musical é essa:  Kennedy usa como exemplo a obra A República. Ele diz que, por meio de uma combinação matemática, Platão dispõe as palavras de acordo com as notas da escala musical grega. Algumas notas simbolizam o amor e outras, a guerra e a morte.

Por que isso é importante: Segundo Kennedy, Platão teria escrito os livros desta forma para passar, de maneira oculta, sua mensagem de que o mundo é regido por leis matemáticas e não por deuses.

O que muda com essa descoberta: Para o mundo, nada. Para Kennedy, talvez muito. Ele disse que vai escrever um livro sobre o assunto. Dan Brown faturou mais de US$ 150 milhões com o “Código da Vinci”. Quanto valeria o “Código de Platão”?

 

Livros

A moda é descomplicar

A vida anda complicada demais? Você não sabe o que fazer quando o dinheiro começa a faltar no seu bolso? Tem problemas de relacionamento no trabalho? As respostas a essas e muitas outras perguntas estão no saboroso livro Descomplique (Editora Leya, R$ 34,90), escrito pela jornalista Vanessa Barone, editora da DINHEIRO. Lançado na semana passada, o livro está recheado de dicas úteis para as atribulações da vida moderna.

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Encontro

Sem motivos para brindar

A reunião do G-20 em Toronto, no Canadá, terminou com um comunicado para agradar a gregos e troianos. O grupo concordou em cortar pela metade o déficit dos países ricos até 2013 e reduzir a dívida em relação ao PIB nos próximos seis anos. Ao mesmo tempo, o documento alerta para a necessidade de manter os incentivos para o crescimento e a manutenção da demanda doméstica, e deixa a cargo de cada país a decisão sobre a velocidade do ajuste. Resta saber se o documento vai dar resultado. Vários pontos ficaram de fora. Confira.

Não houve avanços na regulação bancária. Os países reafirmaram a disposição de implementar as mudanças até 2012, mas deixaram a decisão sobre as novas regras para a próxima reunião do G-20, em novembro.
 

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Os países mantiveram esse prazo para concluir a reforma de cotas no FMI, uma reivindicação brasileira. Mas deixaram de fora a retomada das negociações da Rodada de Doha de liberalização do comércio internacional.

Se as maiores economias do mundo não tiveram dificuldade em combinar uma atuação conjunta na crise de 2008 e 2009, agora fica claro que não existe consenso sobre como retomar a vida num cenário de normalidade. O clima é de cada um por si. Portanto, há pouco para comemorar.

Curtas

A petroleira anglo-holandesa Shell encontrou indícios de petróleo no pré-sal da Bacia de Campos. A descoberta, que fica no Parque das Conchas, no Espírito Santo, ainda não foi inteiramente decifrada pela empresa. Por enquanto, não é possível calcular o volume e avaliar a qualidade do óleo encontrado.

O Denatran  vai criar um sistema integrado de informações sobre recall de veículos. O objetivo é impedir a venda de carros que não compareceram ao recall quando foram convocados. Segundo o Denatran, a medida estimula o cumprimento à exigência. 

Milhões de brasileiros  deixaram a miséria nos últimos anos, mas ainda 35% das famílias não consumem a quantidade ideal de alimentos. Os dados são do  IBGE. O estudo, porém, revela um País melhor. No levantamento anterior, de 2003, 46% dos brasileiros se alimentavam de forma insuficiente.
 

Números

US$ 100 bilhões será o investimento destinado para a realização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 no Brasil, segundo o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. O valor inclui aportes feitos pelo governo e pela iniciativa privada e inclui construção de estádios, ampliação da rede hoteleira e obras de mobilidade urbana.

US$ 20 bilhões será o montante previsto para a expansão do setor de papel e celulose no Brasil até 2017, segundo a  Bracelpa, associação que reúne empresas da área. Três fábricas estão em construção em três Estados (Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul) e começam a operar em 2012. 

US$ 3 bilhões destinados à reconstrução e à manutenção de tropas estrangeiras no Afeganistão foram desviados por altos governantes do País, segundo denúncia do jornal americano Wall Street Journal. Entre os suspeitos estão o vice-presidente do Afeganistão e o irmão do presidente.

R$ 199 é quanto vai custar a tarifa mais cara do trem-bala, projeto de ligação ferroviária veloz entre São Paulo e Rio de Janeiro. O valor, inferior à média cobrada pelo bilhete da ponte aérea, foi fixado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que sugeriu preço inferior ao planejado pelo governo.