A montadora alemã Porsche não tem motivos para reclamar do mercado brasileiro. Há sete meses sob o comando do alemão Andreas Marquardt, que dirigia a subsidiária italiana, em Milão, a marca está conseguindo turbinar suas vendas de maneira impressionante. No acumulado de janeiro a abril deste ano, as vendas cresceram 59% na comparação com o mesmo quadrimestre de 2017. Em números absolutos, foram 502 carros contra 316. “O Brasil, percentualmente, foi o mercado que mais cresceu para a companhia no mundo”, afirma Marquardt.

 

Mudança de rota

Para o presidente Andreas Marquardt, o Mission E (foto acima) levará a Porsche à liderança no segmento (Crédito:Duda Bairros)

O executivo diz que o sucesso da Porsche no mercado brasileiro se deve a melhora no ambiente econômico e à estratégia de se aproximar de clientes e potencias compradores. Cada concessionário, com uma lista na mão, gastou sola de sapato e um pouco de pneu para mostrar as novidades da marca e as condições de pagamento. As revendas receberam carta branca da empresa para firmar parcerias com bancos e melhorar as condições de financiamento. “Hoje, não é preciso ser rico para ter um Porsche. Só precisa gostar de carro”, diz Marquardt. Será mesmo?

 

Os preços continuam salgados

Atualmente, a montadora já disponibiliza 40 opções para o consumidor brasileiro, com preços que variam de R$ 319 mil a R$ 1,8 milhão. Em 2020, a marca trará seu primeiro veículo 100% elétrico, por enquanto chamado de Mission E. “Já somos líderes em carros híbridos no segmento de luxo e queremos assumir a liderança também em elétricos”, diz Marquardt. Além dos lançamentos, a Porsche abrirá um centro de serviços no Rio de Janeiro e sua décima concessionária no País, nas próximas semanas. Será a primeira em Belo Horizonte.

(Nota publicada na Edição 1068 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Cláudio Gradilone, Hugo Cilo, Luana Meneghetti e Moacir Drska)