O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 10, que o Brasil está vivendo uma dinâmica virtuosa e por isso este é o melhor momento para atacar a Previdência Social, sob o risco de não ter futuro para os filhos e netos da atual geração.

“Tenho convicção de que estamos numa dinâmica virtuosa, por isso que tem que atacar a reforma da previdência ou vai explodir o teto, se formos pelo caminho da Argentina, ou da Venezuela”, disse durante palestra no 31º Fórum Nacional, no Rio.

Guedes afirmou que os governos anteriores não quiseram enfrentar o conflito que é promover uma reforma como pretende o governo de Jair Bolsonaro, e que antes da atual gestão “quebraram tudo para ver o que acontece no final”, referindo-se aos déficits nas contas de estatais, municípios e estados herdados dos governos anteriores.

“Toda vez que quebra um fundo (de pensão) de estatal, a empresa vai lá e capitaliza. Não pode ser assim, o funcionário púbico tem que tomar conta disso”, afirmou Guedes.

Ele criticou também o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES) pelos empréstimos que fez nos governos passados, que, segundo Guedes, poderiam ter sido feitos por qualquer banco privado. “Não temos que ficar dando grana para gato gordo”, resumiu.

Segundo Guedes, o Banco Central foi a única instituição que conseguiu ficar fora de uma administração lesiva porque aperfeiçoou os seus algoritmos (modelos). “O BNDES tem que ter os algoritmos do BC, tem que trabalhar o aperfeiçoamento dos algoritmos de vocês”, disse ao lado do presidente do banco, Joaquim Levy, ressaltando que foi justamente para fazer isso que trouxe Levy de fora do País para o cargo.

“Não pode ficar esperando só a aposentadoria com um bom salário, ou não faz sentido ser um banco público (BNDES)”, criticou Guedes.

Para Guedes, o banco tem que ser mais seletivo nos seus empréstimos e analisar a necessidade do País, não apenas dos empresários.