A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) divulgou nesta terça-feira (6), véspera do Dia do Jornalista e data em que o País ultrapassou pela primeira vez desde o início da pandemia a marca de 4.000 mortos em 24 horas por covid-19, um levantamento que mostra que o Brasil é o país com o maior número de mortes de jornalista pelo novo coronavírus no mundo.

De acordo com levantamento, 169 jornalistas profissionais morreram entre abril de 2020 e março de 2021 vítimas da covid. Os dados fazem parte do dossiê dossiê “Jornalistas vitimados por covid-19”, que mostra também que em três meses o número de mortes neste ano supera todo o ano de 2020, quando foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Em 2021, são 86 vítimas, 8,6% maior que no total de 2020.

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Conforme Norian Segatto, diretor do departamento de saúde da entidade, no primeiro trimestre deste ano a média é de 28,6 mortes de jornalistas por mês.

Os estados com maior número de mortes de jornalistas são Amazonas, Pará e São Paulo, com 19 ocorrências cada, seguido do Rio de Janeiro (15) e Paraná (13). Na categoria, a maioria dos casos é na faixa etária dos 51 a 70 anos (54,9% das mortes) e entre homens, sendo que entre as vítimas fatais da doença, 9,8% são mulheres jornalistas.