O Brasil deve ter uma perda acumulada de renda de US$ 178,1 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) até o fim deste ano por conta da pandemia do coronavírus. A perda estimada é de US$ 102,2 bilhões em 2020 e US$ 75,9 bilhões neste ano.

De acordo com um relatório da Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), ao final de 2021 o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro estará quase 10% menor na comparação com a tendência de expansão pré-pandemia.

Ainda assim, segundo o diretor de Estratégias de Globalização e Desenvolvimento da Unctad, Richard Kozul-Wright, o Brasil deve ter um retorno de crescimento. O economista responsável pelo levantamento acredita que o País pode crescer até 3,1% neste ano.

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O estudo avaliou que houve uma baixa real de renda em praticamente todos os países do mundo. O crescimento global poderá alcançar 4,7% neste ano, impulsionado pela retomada dos Estados Unidos, com a vacinação acelerada e o novo pacote de estímulo.

Mesmo com este avanço, a economia mundial será US$ 10 trilhões menor do que era esperado pela agência da ONU antes da pandemia. Para a Unctad, o momento econômico deve ressaltar os problemas de desigualdade, endividamento e insuficiência de investimentos.

Além disso, a insegurança econômica se tornará o novo “normal” para muitos países. A análise destaca que as economias que surpreenderam positivamente foram o Brasil, Turquia e EUA, com os pacotes de alívio que atenuaram a recessão.