Enquanto o Brasil patina na educação tradicional, no ensino profissionalizante está entre os melhores do mundo. Ao menos é o que sugere a segunda colocação geral na WorldSkills, competição que reuniu 68 países na edição de 2017. O Brasil perdeu apenas para a Rússia.

O Senai e o Senac levaram 56  brasileiros para apresentarem suas capacidades técnicas em Abu Dhabi, entre os dias 15 e 18 de outubro. Ao todo, 1.200 jovens de todo o mundo competiram em 50 ocupações. O resultou foi anunciado nesta quinta-feira, 19.

“Estamos entre os melhores países do mundo e isso é importante para criar oportunidades para os jovens e competitividade para a as empresas”. declarou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, por meio de uma nota.

O Brasil conquistou medalha de ouro em Mecatrônica, Eletricidade Industrial, Manufatura Integrada, Tornearia CNC, Polimecânica e Automação, Escultura em Pedra e Tecnologia de Mídia Impressa.

As medalhas de prata foram conquistadas nas ocupações Tecnologia da Moda, Joalheria, Construção de Estruturas Metálicas, Manutenção Industrial e Desenho Mecânico (CAD). Já as medalhas de bronze vieram da Marcenaria de Estruturas, Movelaria e Construção de Estruturas para Concreto.

Disparidade

O País, em rankings que avaliam a educação acadêmica, aquela tradicional de português, matemática, ciências, etc., não tem conseguido boas colocações. No Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês), o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática. A prova foi aplicada em 70 países.

Por outro lado, o bom desempenho na WorldSkills, segundo a CNI, comprova a qualidade da educação profissional no Brasil, que, não é de hoje, vem conquistando boas colocações. Em 2016, por exemplo, abocanhou o primeiro lugar na competição.