Por Carolina Mandl

SÃO PAULO (Reuters) – O Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, divulgou nesta terça-feira alta de 73,6% no lucro líquido do primeiro trimestre, superando expectativas do mercado em um resultado apoiado por menores provisões e inadimplência.

O lucro recorrente subiu para 6,515 bilhões de reais, superando estimativa média de analistas de 6,019 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

O lucro foi impulsionado pela queda de 41,8% nas provisões para perdas com crédito. O presidente-executivo, Octavio de Lazari, disse em fevereiro que 2021 seria um “ano de recuperação”, após o banco ter reservado no ano passado 9,1 bilhões de reais além do provisionamento normal para lidar com as perdas potenciais da pandemia.

O Bradesco também controlou fortemente os custos. As despesas operacionais caíram 4,7% em relação ao ano anterior, pois o banco fechou 1.088 agências e reduziu o número de funcionários em mais de 8.500 pessoas.

Seu retorno sobre o patrimônio líquido recorrente (ROE), um indicador de lucratividade, subiu para 18,7%, 7 pontos percentuais acima do ano anterior.

A carteira de crédito do Bradesco cresceu 2,6% em relação ao quarto trimestre, enquanto o índice de inadimplência em 90 dias subiu de 2,2% para 2,5%.

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