O Bradesco acaba de estrear no mundo dos fundos de índices, os ETFs. Diante do cenário de baixas taxas de juros no País e a necessidade dos investidores por diversificação, haverá maior demanda por novos produtos, destaca o diretor gerente do Bradesco, Renato Ejnisman, que comanda a gestora do banco, a BRAM. Está no radar da asset, comenta o executivo, outros ETFs, incluindo os de renda fixa.

Segundo ele, a gestora analisará o andamento do ETF que começou a ser negociado hoje e definirá, assim, o lançamento de novos produtos, o que poderá ocorrer ainda neste ano.

O vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, frisou que o espaço de crescimento dos ETFs é grande no Brasil. Eles respondem hoje por 0,5% da indústria de fundos, com potencial para subir para 10%, conforme a média mundial, comentou.

O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, destacou, na cerimônia de lançamento do produto na bolsa, que o lançamento do ETF do Bradesco ocorre em um momento favorável, no início de um novo ciclo da economia. “O ETF é um produto que atende à diversificação e aos diferentes tipos de investidores”, disse.

Segundo ele, a convicção é de que o País esteja diante de um ciclo longo de baixas taxas de juros, e que a retomada da economia passará pelo mercado de capitais, o que levará ao lançamento de novos produtos.

O ETF lançado nesta quarta-feira, 26, é negociado com o ticker BOVB11. Ele replica a carteira do Ibovespa. BlackRock, Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco já possuem ETFs atrelados ao índice.

Com o ETF do Bradesco hoje se somam 18 listados na bolsa brasileira à disposição do investidor, sendo dois deles de renda fixa.