Após 18 meses, o Bradesco (BBDC4) concluiu a compra da instituição financeira de origem nicaraguense BAC, em que investiu US$ 500 milhões. Fundado em 1974 e sediado em Miami, o BAC atende clientes de alta renda nos Estados Unidos. Os brasileiros representam 20% dos clientes, e 30% são de outros países da América Latina. O banco presidido por Octavio de Lazari esperava obter a aprovação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em abril, mas o processo foi alterado devido à pandemia. A intenção do Bradesco não é atuar no varejo americano, mas aumentar a oferta de serviços para clientes endinheirados que pretendam investir nos Estados Unidos, especialmente no mercado imobiliário. O BAC fechou o ano passado com US$ 2,26 bilhões em ativos. A instituição pertencia ao grupo Pellas, da Nicarágua, e foi a primeira aquisição de um banco não-brasileiro pelo Bradesco.

SIDERURGIA
S&P melhora perspectiva da Gerdau

A agência de classificação de risco S&P melhorou a perspectiva (outlook) da Gerdau (GGBR4) de negativa para estável na sexta-feira (9). A agência reafirmou ainda o rating BBB- para a siderúrgica. A razão, segundo a S&P, é a forte demanda doméstica por aços longos, principalmente por parte do setor de construção residencial. No início da pandemia, a expectativa era de queda significativa. Contam a favor da Gerdau “as margens saudáveis das operações da empresa nos Estados Unidos e uma recuperação nas operações na América do Sul (excluindo o Brasil)”.

ENERGIA
Itaú eleva preço-alvo da Omega

O Itaú BBA elevou a recomendação para outperform (desempenho acima da média do mercado) do preço-alvo da Omega Geração (OMGE3). O preço, que está em R$ 32 em 2020, foi para R$ 44 em 2021. A Omega, uma companhia do setor de energia renovável (eólica, hidrelétrica e solar), diz enxergar boas perspectivas por causa dos planos do governo para os próximos dez anos. A previsão é de que, neste período, cerca de 50% da expansão de energia elétrica venha de fontes renováveis.

TELEFONIA
Oi dirá adeus para 2 mil funcionários

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A Oi (OIBR3) anunciou um plano de demissão voluntária para cortar 2 mil postos de trabalho, equivalentes a 15% de seu quadro funcional. Anunciada na sexta-feira (9), a proposta está em linha com o plano de recuperação judicial pedido em 2016, quando a empresa devia R$ 65 bilhões. O funcionário que aderir ao plano receberá indenização por tempo de serviço, extensão do plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida.

DESTAQUE NO PREGÃO
Mateus realiza maior IPO do ano

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O grupo Mateus (GMAT3) realizou a maior Oferta Pública de Ações (IPO) da B3 neste ano. Na sexta-feira (9), a rede nordestina do segmento de atacarejo levantou R$ 4,615 bilhões. O volume superou bastante os R$ 3 bilhões captados pela rede de pet shop Petz, no mês passado. Mas na terça-feira (13), primeiro dia de operação como empresa listada na bolsa, o desempenho não correspondeu ao sucesso inicial. As ações chegaram a subir 5,35%. No decorrer do dia, porém, as cotações foram perdendo força e fecharam com leve baixa de -0,33%, a R$ 8,94.

PETROQUÍMICA
Braskem repara 9 mil imóveis em Alagoas

A Braskem (BRKM5) incluiu mais 2 mil imóveis de Maceió em um plano de ressarcimento de moradores atingidos por fenômeno de afundamento do solo, que custará R$ 8,3 bilhões. Com a inclusão, chega a 9 mil o número de imóveis que terão de ser desocupados em quatro bairros da capital alagoana. O problema é consequência da operação de uma mina de sal-gema de propriedade da companhia.