O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou, em nota ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que o banco está de luto pelo falecimento de Fernão Bracher, pai de Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco. “O Brasil perde um homem de negócios à frente do seu tempo. Seu exemplo de lucidez e coragem de enfrentar os problemas de frente deixa lacuna relevante, que não será preenchida. Nossa solidariedade e condolências à família e amigos. Estamos de luto”, disse ele.

O grande legado de Fernão Bracher, segundo Trabuco, é o BBA, que foi incorporado ao Itaú, dando origem ao Itaú BBA, braço de banco de atacado da instituição. “Fernão Bracher foi, acima de tudo, um homem de fibra, que apreciava e buscava os novos desafios, pelo sentido de dever superá-los”, acrescentou.

No Bradesco, o banqueiro, conforme Trabuco, desenvolveu “trabalho exemplar” como vice-presidente da seguradora e, posteriormente, do banco. “Sempre suave no trato, exibiu inteligência e capacidade de antecipar o mercado.”

Trabuco lembrou ainda a atuação de Bracher no Banco Central, por qual teve duas passagens, de 1974 a 1979, quando ocupou a Diretoria de Câmbio, e de 1985 a 1987, como presidente do órgão regulador do setor bancário. “Era uma época de redemocratização política e crise na balança de pagamentos. Logo, assumiu o Banco Central e contribuiu para o primeiro plano heterodoxo contra a inflação, o Plano Cruzado”, destacou.

Bracher faleceu nesta segunda-feira, 11, aos 83 anos, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de complicações associadas a uma queda com trauma cranioencefálico.