A Bovespa teve alta de 3,56% nesta quarta-feira (2), em sua primeira sessão após a posse do presidente Jair Bolsonaro, cujo ministro da Economia reiterou seu compromisso com os ajustes fiscais e as privatizações.

O índice iBovespa alcançou a 91.012 pontos, superando pela primeira vez os 90.000 pontos no fechamento, pouco após o ministro da Economia Paulo Guedes sinalizar que a reforma da Previdência pode ser executada rapidamente.

“A reforma da previdência é primeiro e maior desafio a ser enfrentado. Se for bem enfrentado, temos 10 anos de crescimento sustentável à frente”, afirmou Guedes ao assumir o cargo.

O Brasil “foi corrompido pelo excesso de gastos”, segundo Guedes, formado pela Escola de Chicago – berço do neoliberalismo.

A reforma da Previdência “é a chave para a correção desse problema”, insistiu.

Guedes alertou que caso a polêmica reforma não avance, a carga do regime de aposentadoria e pensões continuará a crescer e vai se chocar com o teto de gastos adotado pelo governo do ex-presidente Michel Temer.

Ratificando o programa eleitoral de Bolsonaro, Guedes enumerou suas prioridades: “abrir a economia, simplificar impostos, privatizar, decentralizar os recursos e focar também na questão social”.

Em alta desde de manhã, os mercados reforçaram sua satisfação após a intervenção de Guedes, cujo firme compromisso neoliberal sempre foi bem visto pelos mercados.

Embora Bolsonaro mal tenha abordado as questões econômicas em seus dois discursos na cerimônia de posse na terça-feira, sinais de esperança para os investidores logo apareceram na quarta-feira.

Entre as maiores altas do dia estão as ações da Eletrobras, com seus títulos ordinários disparando 20,72%, após o novo titular da pasta de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmar que continuará o processo de capitalização da estatal, tendo em vista sua privatização.

O otimismo dessa primeira sessão também afetou o real, que se fortaleceu frente ao dólar – fechando a R$ 3,80.