Segundo o Bad Bot Report 2019, feito pela Distil Networks, 37,9 % dos total de trafego na internet em 2018 foi realizado por bots, programas que agem como robôs digitais com uma ou algumas finalidades específicas. Apesar do número alto, o resultado foi melhor do que no ano anterior. Há porém uma distinção entre os tipos de bots.

Divididos entre bots legítimos e mal intencionados, o primeiro sofreu uma queda de 14,4%, enquanto o segundo diminuiu apenas 6,4%, causando aumento do tráfego humano na rede mundial de computadores. O estudo explica que os robôs digitais atuais são do tipo Advanced Persistent Bots (APB) que estão se tornando cada vez mais sofisticados e difíceis de identificar por conseguir mascarar sua natureza no site em que acessam.

Para parecer legítimos, os bots aparecem como humanos acessando o site via browser – normalmente essas ferramentas são programas específicos. 49,9% destes se mostram como vindos do Chrome enquanto outros 28,2% se mascaram através de Firefox, Internet Explorer e Safari.

Um dos dados mais curiosos trazidos pela Distil é o de origem desses robôs digitais. 53,4% vem dos Estados Unidos, enquanto que o segundo da lista é a Holanda, responsável por 5,7% dos bots do mundo. Apesar dos números, os Estados Unidos é apenas o quinto país com mais IP’s bloqueados, enquanto o país baixo nem sequer consta na lista. O líder de bloqueio de acessos é a Rússia, com 32,6%, seguida da Ucrânia, com 15,6%. A disparidade da origem dos bots ante os países com mais usuários bloqueados mostra a disparidade da percepção mundial da origem de ataques hackers.