O primeiro-ministro britânico Boris Johnson reviveu os planos para construir uma ponte de 20 bilhões de libras entre a Escócia e a Irlanda do Norte. Ele está prestes a receber um estudo de viabilidade para a construção do empreendimento, segundo o site Mail Online.

A estrutura seria formada por uma combinação de uma ponte e um túnel, que ligaria a lacuna mais estreita entre os países de 32 quilômetros.

O projeto seria baseado na ponte Oresund, que percorre oito quilômetros da costa sueca, perto de Malmo, até uma ilha artificial no meio do Estreito de Oresund. Em seguida, ele se transforma em um túnel de 4 quilômetros para a ilha dinamarquesa de Amager, perto de Copenhague. A probabilidade é que a ponte funcione entre Portpatrick, na Escócia, e Larne, no condado de Antrim.

Segundo o Mail Online, é provável que a divisão entre túnel e ponte é uma forma de lidar com o dique de Beaufort. O local é onde ocorreu o maior despejo marítimo do Reino Unido para munições convencionais e químicas após a Segunda Guerra Mundial. Estima que haja um milhão de toneladas de munições no fundo da vala, incluindo 14.500 toneladas de foguetes cheios de gás fosgênio. Além de toneladas de tambores revestidos de concreto cheio de lixo radioativo, da década de 1950.

A versão do plano de Johnson indica que a ponte passaria da costa escocesa sobre a trincheira, antes de se tornar um túnel para o trecho final da Irlanda do Norte.

Os críticos de Johnson descrevem a ideia como errônea e um desperdício de dinheiro público. Mas o primeiro ministro entende que o empreendimento seria um alívio nas rotas aéreas entre o continente e a Irlanda do Norte e ajudaria a consolidar a União.

Os planos para uma ligação entre a Escócia e a Irlanda do Norte remontam a 1869, quando o engenheiro irlandês Luke Livingston Macassey disse que “tenderia à consolidação do império, tão amplamente desejado por todos os amantes da ordem e da prosperidade”.