O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusou “extremistas”, nesta sexta-feira (12), de “sequestrarem” os recentes protestos antirracistas no Reino Unido e pediu que “não se censure o passado”, após a derrubada, ou a degradação de personalidades da época colonial.

“É evidente que os protestos foram, infelizmente, sequestrados por extremistas, cujo objetivo é a violência”, tuitou Boris.

“Agora não podemos tentar editar, ou censurar, nosso passado. Não podemos afirmar que temos uma história diferente”, disse ele, ao denunciar “ataques intoleráveis e repulsivos à polícia”.

O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, expressou na sexta-feira sua preocupação com a possibilidade de violência e de vandalismo nos protestos programados para este fim de semana por organizações antirracistas e de extrema direita.

Esse medo levou à proteção de monumentos como a estátua do ex-primeiro-ministro Winston Churchill, localizada perto do Parlamento de Westminster. Nela, fim de semana passado, um manifestante escreveu “Ele era racista” ao lado do nome do líder conservador e herói da Segunda Guerra Mundial contra os nazistas.

Para protegê-la, a estátua foi trancada em uma caixa construída para esse objetivo.

Assim como em outros países, vários símbolos do passado colonial britânico foram recentemente alvo de protestos desencadeados pela morte do afro-americano George Floyd nas mãos de um policial branco nos Estados Unidos.