As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encontraram, nos primeiros minutos deste domingo, 21, o corpo da última vítima desaparecida no desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 12. Com isso, o número de mortos na tragédia chega a 23. Há oito sobreviventes.

Com isso, os bombeiros encerraram as buscas por vítimas do desabamento de dois prédios na Muzema. Desde a tragédia, foram retirados 21 corpos dos escombros. Outras duas pessoas que foram resgatadas com vida acabaram morrendo quando recebiam atendimento em hospitais do Rio.

A Polícia Civil procura três pessoas que são apontadas como responsáveis pelos edifícios que ruíram. São considerados foragidos José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, responsável pela construção dos edifícios, e Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa, que atuavam como vendedores. Eles respondem por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

Segundo os bombeiros, o último corpo encontrado é de uma mulher. Na tarde de ontem foram resgatados os corpos de dois meninos. Ao todo, morreram no desabamento cinco homens, sete meninos, dez mulheres e uma menina. Em nota, a corporação informou que foram mais de 200 horas ininterruptas de buscas.

Dois oito feridos, três permanecem internados. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a vítima que estava no Hospital Lourenço Jorge foi transferida para um hospital da rede particular a pedido da família.

A secretaria informou que Paloma Paes Leme, internada no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, foi transferida na noite de quinta-feira, 18, para um leito ao lado do filho, Rafael, também sobrevivente do desastre. Os dois estão na Unidade Intermediária Pediátrica e apresentam quadro clínico estável.

Máquinas

Desde a tarde de sábado, 19, o trabalho de resgate passou a utilizar máquinas capazes de erguer as lajes que desabaram, possibilitando aos bombeiros acessar locais não vasculhados com o trabalho manual.

A prefeitura anunciou que vai demolir imediatamente pelo menos três prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, que ficam ao lado dos dois que desabaram. Mais 15 prédios poderão ser demolidos também, pois não têm licença de construção.