O presidente Jair Bolsonaro voltou a se referir ao tratamento usado em casos de câncer para falar sobre ajustes que têm de ser feitos na economia brasileira. Durante a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, na cidade de Santa Fé, na Argentina, ele afirmou que a reforma da Previdência é uma “quimioterapia” necessária para o país. Complementou que interessa aos países da América do Sul e do Mercosul que a economia brasileira esteja bem, e, reiterou, a reforma é necessária para isso.

“Sabemos que para a América do Sul como um todo é bom que o Brasil vá bem. Assim como é bom para nós também que outros países estejam bem”, disse, completando: “Apesar de a reforma ser quase como uma quimioterapia, é necessária para o corpo sobreviver”. Na segunda-feira, durante evento na Câmara dos Deputados, Bolsonaro já havia dito que o Brasil precisa de uma quimioterapia.

Durante seu discurso na Cúpula, o presidente fez acenos importantes em relação aos países vizinhos. Sinalizou pela reeleição de Maurício Macri na Argentina e citou o presidente Evo Morales, da Bolívia, por diversas vezes – Morales deseja apoio para entrar no Mercosul. Em um determinado momento, durante os cumprimentos, chegou a dizer que sentia saudades do presidente boliviano.

Em relação ao presidente chileno Sebastián Piñera, cometeu um deslize. Ao cumprimentá-lo, brincou: “Seu problema é com o Peru, não é com o Brasil, não”, apesar da indisposição histórica entre os dois países. E emendou em seguida: “Na Copa América, para deixar bem claro”.