(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, destacou mais uma vez sua pauta de costumes durante comício em Campinas (SP) e também sua defesa para que o chamado “cidadão de bem” possa ter sua própria arma.

“Do lado de cá uma pessoa que defende a família, do lado de lá um ladrão que diz que os valores familiares são coisas de retrocesso”, disse Bolsonaro na cidade do interior paulista, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na sequência, Bolsonaro, que aparece atrás de Lula nas pesquisas de intenção de voto, procurou contrapor sua postura com posições que atribuía ao petista sobre drogas, aborto, propriedade privada e a questão do armamento.

O presidente reforçou sua tese da legítima defesa e repetiu um de seus mais recorrentes bordões –o povo armado jamais será escravizado. Aproveitou ainda para voltar prometer uma solução rápida à suspensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dos efeitos de uma série de decretos e outras normas editadas por ele para flexibilizar o porte e a posse de armas.

“Após as eleições, resolverei a questão do decreto das armas para vocês”, disse, repetindo declaração similar no início do mês, quando afirmou que, “acabando as eleições a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana”.

A maioria do Supremo confirmou nesta semana a liminar do ministro Edson Fachin sobre os decretos de armas.

(Por Alexandre Caverni)