BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro recorreu na tarde desta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir uma eventual decisão do ministro da corte Alexandre de Moraes de suspendê-lo das redes sociais, requerimento feito na véspera pela CPI da Covid do Senado.

A comissão –que encerrou os trabalhos na terça– decidiu tentar suspender o uso das contas do presidente após ele ter feito uma vinculação falsa entre a vacina contra Covid e casos de Aids. Por ora, Alexandre de Moraes não tomou qualquer decisão sobre esse pedido.

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No mandado de segurança apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente também quer que o STF barre o fornecimento pelas empresas das redes sociais de fornecer dados telemáticos de abril do ano passado até o atual momento ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

Essa é a primeira reação concreta de Bolsonaro à CPI, que aprovou na véspera seu relatório final em que o aponta como o principal responsável pelos erros na condução da pandemia, que vitimou mais de 600 mil pessoas no país.

O colegiado pediu o indiciamento de Bolsonaro por 9 crimes, além de querer responsabilizar criminalmente outras 77 pessoas e duas empresas.

Mais cedo, integrantes da CPI entregaram o relatório dos trabalhos a Aras e a Moraes.