O presidente Jair Bolsonaro autorizou nesta quinta-feira (7) o envio de militares para combater incêndios e o desmatamento na Amazônia, em meio a alertas de que a maior floresta tropical do mundo esteja desaparecendo ainda mais rápido do que nos incêndios do último ano.

Em 2019, Bolsonaro enfrentou críticas pelo recorde de incêndios registrados na floresta tropical, em seu primeiro ano no poder.

Embora a temporada de incêndios só vá começar no fim de maio, devido ao clima mais seco, já há sinais preocupantes para este ano.

O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou mais de 50% nos primeiros três meses deste ano em comparação com a mesma época no ano passado, a 796 km2.

O presidente brasileiro assinou um decreto autorizando as Forças Armadas a tomar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, direcionadas ao desmatamento ilegal e o combate a focos de incêndio.

A medida valerá a partir do dia 11 de maio até 10 de junho para as áreas de proteção ambiental, reservas indígenas e outras demarcações federais na região amazônica.

O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 85% no ano passado, chegando a 10.123 km2, a primeira vez que superou a marca dos 10.000 km2 desde que os registros começaram em 2008, segundo dados oficiais baseados em imagens de satélite.

A derrubada da floresta é amplamente provocada à extração ilegal de madeira, mineração e pecuária que avança em áreas protegidas.

Bolsonaro defende a abertura das terras protegidas e reservas indígenas para sua exploração comercial, argumentando que as populações nativas deveriam monetizar os recursos naturais disponíveis em seu território.

O presidente já tinha enviado as Forças Armadas à Amazônia no ano passado, depois de ter sido alvo de duras críticas por ter minimizado os incêndios florestais.