Parecia que o presidente do Brasil tinha, enfim, deixado sua bolha ideológica e acordado para a realidade. Mas durou pouco. Menos de 24 horas. Na tarde da terça-feira (20), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou que o governo federal compraria 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. No País, o principal fiador da produção do imunizante é o estado de São Paulo, governado por João Doria, adversário político de Bolsonaro. Na manhã da quarta-feira (21), seguidores do presidente nas redes sociais reclamaram do anúncio feito por Pazuello. Alguns reprovaram a eventual compra, acusando a vacina de ser “comunista”. Outros declararam que não queriam “interferência da ditadura chinesa no Brasil”. Foi o suficiente para Bolsonaro desautorizar o ministro da Saúde e afirmar que não vai comprar a vacina da Sinovac. Os argumentos usados pelo presidente para tomar essa decisão não fazem muito sentido e deixam claro que sua decisão tem motivações puramente políticas e ideológicas, deixando em segundo plano a saúde dos brasileiros. Confira:

Para onde vai o bitcoin?

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Na quarta-feira (21), pela primeira vez o bitcoin ultrapassou os R$ 66 mil. E com folga, chegando a R$ 72 mil. Nos últimos 30 dias, a moeda digital registrou valorização de mais de 27%. Essa disparada tem dois motivos. O primeiro é a crise econômica gerada pela Covid-19, que tem levado investidores a comprar bitcoins como medida de segurança. O segundo é o aumento de investimentos internacionais. Instituições como Bit Digital, Grayscale e MicroStrategy anunciaram grandes aportes na criptomoeda. O ponto, agora, é até onde o bitcoin pode subir. Há teorias de que pode chegar a US$ 1 milhão nos próximos dez anos. Previsões mais modestass e realistas apostam que estará valendo US$ 500 mil ainda nesta década. É esperar (e investir) para ver.

Mateus Bonomi

“Enquanto não vierem com solução melhor, prefiro esse imposto de merda” Paulo Guedes, ministro da Economia, sobre a nova CPMF que o governo quer implantar no País.

Embraer ganha prêmio internacional, mas sofre queda de quase 50% em aeronaves entregues

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A semana da Embraer foi dividida entre alegrias e decepções. Primeiro, na segunda-feira (19), a companhia brasileira celebrou a conquista de um dos prêmios mais respeitados do setor no mundo. Sua aeronave de transporte multimissão C-390 Millennium recebeu, da publicação especializada Aviation Week, os prêmios Grand Laureate, na categoria Defesa, e o Laureate Awards, na categoria Melhor Novo Produto de Defesa. Mas não deu nem tempo de festejar.

No dia seguinte, a empresa informou que entregou 28 jatos no terceiro trimestre deste ano, o que dá um total de 59 aeronaves vendidas nos nove primeiros meses de 2020. O número é 49,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2019. A carteira de pedidos a entregar também sofreu queda, de US$ 16,2 bilhões, no final de Setembro do ano passado, para R$ 15,1 bilhões (-7%). Segundo a companhia, o impacto negativo foi causado pela crise do coronavírus, que afetou gravemente o setor da aviação.

Pandemia acelera abertura de microempresas

Além de afetar a saúde de indivíduos em todo o planeta, a Covid-19 também tirou o emprego de muita gente. E parte dessas pessoas encontrou na abertura do próprio negócio a saída para a crise. É o que indicam os dados do Mapa de Empresas, divulgado pelo Ministério da Economia na segunda-feira (19). Segundo o relatório, a abertura de novos CNPJs – principalmente os microempreendedores individuais (MEIs) – obteve forte crescimento durante a pandemia. E o ritmo deve continuar. Para os especialistas, a redução ou o fim do pagamento da ajuda emergencial do governo federal deve motivar mais cidadãos a abrir micro e pequenas empresas. Confira alguns números do mapa:

Medidas da Argentina contra a alta do dólar

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O governo argentino anunciou um pacote econômico para conter a alta do dólar. Na segunda-feira (19), a moeda americana foi negociada a 83,21 pesos, mas chegou a ser conprada a 181 pesos no mercado ilegal. Duas das medidas a ser adotadas são uma licitação de bônus por US$ 750 milhões em Novembro e a retirada da proibição aplicada aos investidores não residentes na Argentina de vender títulos a ser liquidados em moeda estrangeira. Diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Geogieva aprovou o plano. No Twitter, ela postou: “Continuaremos apoiando as autoridades, enquanto trabalham para aliviar as pressões cambiais e ancorar a estabilidade econômica.” Geogieva publicou essa mensagem logo após uma conversa, por telefone, com o ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán.