O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a falar que não vai interferir nas decisões da Petrobras sobre o preço de combustíveis. Em entrevista a jornalistas após participar de um churrasco na casa de um amigo no Lago Sul, em Brasília, ele comemorou a redução do preço nas refinarias anunciada na sexta-feira.

“A gente não vai interferir na Petrobras, eu não tenho como interferir. A minha interferência é demitindo ou não o presidente e seus diretores. Para que fazer isso aí? Eu confio no Castello Branco (Roberto Castello Branco, presidente da estatal), indicado pelo Paulo Guedes (ministro da Economia), uma pessoa que está sendo ‘dez’ lá, no nosso entendimento”, comentou Bolsonaro.

Para o presidente da República, a estatal levou em consideração “questões técnicas” para tomar a decisão de diminuir os preços.

Ele afirmou que não conversou com Castello Branco antes da decisão, como havia feito em fevereiro – quando a interferência segurou o reajuste do diesel decidido pela petrolífera e terminou prejudicando a empresa -, mas declarou que recebeu a notícia do próprio dirigente da Petrobras após a decisão. “Eu não sou aquela outra candidata, ou melhor, presidente, de saia, como alguns tentaram pejorativamente me taxar. Não existe isso”, afirmou, em relação à ex-presidente Dilma Rousseff.

Segundo Bolsonaro já disse, no episódio anterior o próprio presidente da Petrobras resolveu – após uma ligação dele – adiar o reajuste do diesel para um índice “muito próximo” do que estava previsto, e não cancelar o aumento. “Não houve interferência nossa.”

Durante a fala aos jornalistas neste sábado, 1º de junho, o presidente ainda manifestou intenção de retirar os radares móveis das estradas e disse que irá conversar com o ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre o assunto.