Por Alexandre Caverni

(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro aproveitou sua participação online na inauguração de uma agência da Caixa em uma cidade do Ceará, neste sábado, para afirmar que está bem e “louco para voltar para trabalhar”.

“Tô bem, graças a Deus. O problema que eu tive, no início desta semana, foi ainda em função da facada que eu recebi em 2018, questão de aderência, de vez em quando trava o intestino”, disse o presidente em uma live numa rede social, explicando que não foi preciso a realização de uma cirurgia para solucionar o problema.

“Tô louco para voltar para trabalhar, rever os amigos, voltar para o seio dos amigos e realmente botar o Brasil para andar”, acrescentou.

Boletim médico divulgado nesta tarde diz que o quadro de saúde do presidente segue melhorando e, se houver boa aceitação de uma nova dieta neste sábado, a equipe médica deverá decidir sobre sua alta nos próximos dias.

“O Hospital Vila Nova Star informa que o senhor presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, continua evoluindo satisfatoriamente, apresentando melhora clínica e laboratorial”, diz o boletim assinado pelos médicos que acompanham o presidente, divulgado no início da tarde.

“Durante o dia de hoje, será oferecida dieta cremosa não fermentativa. Se continuar havendo boa aceitação, a equipe médica assistente decidirá pela alta nos próximos dias.”

No final da tarde, o médico Antônio Macedo, o cirurgião-chefe da equipe que cuida do presidente, falou com jornalistas no hospital e disse que a previsão é de alta para Bolsonaro no domingo.

Bolsonaro está hospitalizado em São Paulo desde quarta-feira, quando chegou transferido de Brasília depois de dar entrada na madrugada daquele dia no Hospital das Forças Armadas (HFA), por causa de fortes dores abdominais causadas por um quadro de obstrução intestinal.

Desde que tomou uma facada durante a campanha eleitoral para Presidência, em setembro de 2018, o presidente fez quatro cirurgias como consequência do atentado, incluindo uma realizada logo após o ataque e uma emergencial uma semana depois para corrigir aderências das paredes do intestino.

Em 2019, foram mais duas. Em janeiro, para retirada da bolsa de colostomia, e outra em setembro, para correção de uma hérnia na incisão da cirurgia. Recentemente, o próprio presidente afirmou que teria que fazer mais uma, para correção de uma nova hérnia, mas não chegou a marcar uma data.

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