O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta segunda-feira, 19, que existe um “marxismo” na educação brasileira que “entrava o Brasil”. “A educação desde há muito está aparelhada. Há um marxismo lá dentro que entrava o Brasil. Em 13 anos de (governo do) PT dobrou-se o gasto em educação e a educação foi lá pra baixo”, criticou Bolsonaro, durante entrevista concedida na frente de sua casa, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). “A prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) é bem clara no tocante a isso aí. A molecada não sabe fazer uma regra de três simples, interpretar um texto, então tem coisa errada”, criticou.

Bolsonaro descartou a possibilidade de a presidente do Inep (órgão do Ministério da Educação responsável inclusive pelo Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem), Maria Inês Fini, ser escolhida para ministra da Educação: “Pode esquecer. Essa não esteve à frente do Enem? Está fora, cartão vermelho”, disse o presidente eleito.

A prova do Enem aplicada neste ano incluiu uma questão que gerou polêmica por abordar linguagem usada pelo público homossexual. Depois disso, Bolsonaro já anunciou que a próxima prova, a ser aplicada em 2019, terá de ser submetida a pessoas do governo.

Banco

Bolsonaro falou com a imprensa nesta segunda-feira ao voltar de mais uma visita ao banco: “Eu saio por aí, sou um ser humano, de vez em quando dou uma saidinha. Fui ao banco, mas não fui ao caixa 2”, brincou.