(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro aproveitou nesta quinta-feira discurso em cerimônia de entrega de equipamentos para polícias de Estados da fronteira para voltar a defender o excludente de ilicitude, medida que isentaria agentes de segurança de punição por episódios ocorridos no exercício da função, ao mesmo tempo que reconheceu que a aprovação da medida é “muito difícil”.

O presidente exaltou o aumento da presença de pessoas oriundas das polícias e das Forças Armadas em funções públicas, principalmente no Legislativo, e disse que a adoção do excludente de ilicitude, uma bandeira antiga de Bolsonaro, reduziria a criminalidade.

“Cada vez mais nós temos gente da segurança ocupando também o Legislativo, e eles, em grande parte, ou quase todos, sabem o que é enfrentar o crime, sabem da necessidade de nós termos um dia –vai ser muito difícil– o excludente de ilicitude. Não pode o policial terminar uma missão e no dia seguinte receber a visita do oficial de Justiça”, disse.

“Nós temos que lutar pelo nosso excludente de ilicitude. Vamos cumprir a missão. Pode ter certeza que vai diminuir muito a violência no nosso Brasil. E nós não queremos com isso carta branca para matar, nós queremos ter o direito de não morrer”, disse Bolsonaro.

(Por Eduardo Simões)

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