O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) avaliou nesta quinta-feira, 23, que existe uma consciência entre os parlamentares de que a preocupação no momento não deve ser fiscal, mas, sim, com o combate aos impactos do novo coronavírus. “Mas não podemos esquecer que esses gastos – alguns até muito benevolentes – são uma conta que teremos que pagar um dia”, completou.

Ele defendeu uma ajuda urgente da União aos Estados, destacando que muitos governos estaduais já estão em dificuldade para o enfrentamento da doença. “Mas temos visto alguns exageros, com uma briga desnecessária entre o presidente da Câmara (Rodrigo Maia) e o ministro da Economia (Paulo Guedes). Essa briga que também envolve governadores é absolutamente prejudicial ao clima que vivemos”, acrescentou.

Jereissati criticou ainda o presidente Jair Bolsonaro. “O presidente confunde sinais sanitários e os sinais da democracia. Isso é extremamente desagradável”, afirmou, citando a participação de Bolsonaro em protestos no último fim de semana em Brasília.

Para o senador, há um consenso no Senado sobre a gravidade da pandemia do novo coronavírus e sobre a obediência às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

“O ambiente no Congresso é bastante positivo, com alguns senões aqui e acolá. Temos tido votações importantes apesar da crise, de maneira remota. Existe uma união muito grande de todas as tendências (políticas) contra o vírus, com votações praticamente unânimes, o que é raro no Senado”, afirmou, em teleconferência organizada pelo Lide Ceará.