O presidente da República, Jair Bolsonaro, assumiu que soube com antecedência do reajuste dos combustíveis anunciado na semana passada pela Petrobras e que pediu à estatal para atrasar a medida em um dia – ou seja, para depois da votação do PLP 11 no Congresso, embora não tenha sido atendido.

“Chegou para nós que eles iriam ajustar na quinta-feira da semana passada. Foi feito pedido para que deixasse para o dia seguinte, atrasasse um dia, não nos atenderam”, declarou o presidente em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte. “Por um dia, a Petrobras cometeu esse crime contra a população, esse aumento absurdo. Ação governamental não é interferir na Petrobras, é bom senso”, defendeu.

A ideia do governo era deixar o reajuste para depois da votação do PLP 11, que alterou a cobrança do ICMS sobre o diesel e o gás de cozinha pelos Estados. De acordo com o presidente, sem o atraso, o reajuste da Petrobras chegou às bombas antes da diminuição dos impostos e onerou o consumidor.

Bolsonaro ainda voltou a cobrar a Petrobras por redução no preço dos combustíveis para se alinhar à recente queda do petróleo no exterior.

“A Petrobras vai reduzir o aumento absurdo concedido na semana passada ou tá muito bom para vocês da Petrobras?”, alfinetou o chefe do Executivo. “O grande problema do Brasil e do mundo é o preço dos combustíveis, o resto a gente está fazendo a nossa parte.”