As bolsas de Nova York não apresentaram direção única nesta segunda-feira, 27, com os investidores enfrentando dúvidas quanto à habilidade do governo do presidente Donald Trump em promover políticas a favor dos negócios.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,22%, aos 20.550,98 pontos; o S&P 500 recuou 0,10%, para 2.341,59 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,20%, para 5.840,37 pontos. Com esse resultado, o Dow Jones registrou sua oitava queda consecutiva, anotando a maior sequência de baixas desde 2011.

Desde as eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro de 2016, algumas ações apresentaram ganhos expressivos, influenciadas pelo otimismo dos investidores quanto às reformas prometidas por Trump durante a campanha. O bilionário falou em corte de impostos e em menos regulações. No entanto, na sexta-feira passada, o governo sofreu sua primeira derrota no Congresso, ao não conseguir aprovar o seu projeto de reforma na saúde, que revogaria e substituiria o Ato de Cuidado Acessível, que ficou conhecido como Obamacare. A não aprovação fez com que os investidores começassem a duvidar da capacidade do governo em aprovar uma agenda pró-negócios.

“Há algum desapontamento sobre o fracasso do governo na reforma da saúde e o que isso pode significar para o resto de sua agenda”, disse Russ Koesterich, gestor da BlackRock Global Allocation Fund. Ações de companhias ligadas ao setor de saúde fecharam em alta nesta segunda-feira: a HCA Holdings, maior operadora de hospitais públicos dos EUA, avançou 5,17%; enquanto a LifePoint Health, que opera hospitais rurais, ganhou 1,69%.

Já papéis de bancos recuaram nesta segunda-feira. Instituições financeiras estão entre as que mais ganharam desde as eleições presidenciais americanas, devido às promessas de Trump de cortar a principal regulação da área, a lei Dodd-Frank. Na sessão de hoje, o Goldman Sachs perdeu 1,28%; o Morgan Stanley recuou 2,07%; o Bank of America caiu 0,39%; e o JPMorgan baixou 0,06%. Fonte: Dow Jones Newswires