As bolsas europeias operam em alta desde a abertura do pregão desta quarta-feira, reagindo a sinais de desaceleração do coronavírus na China e repercutindo um indicador de inflação do Reino Unido, que impulsionou a libra esterlina à máxima do dia.

O número de novos casos de infecção por coronavírus na China recuou pelo segundo dia consecutivo ontem, reavivando esperanças de que o pior da epidemia já passou. Foram 1.749 casos na terça-feira (18), menor soma desde 29 de janeiro, segundo a agência de notícias Reuters. Por sua vez, o total de mortes por coronavírus no país ultrapassou a marca de 2.000.

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Autoridades chinesas prometeram oferecer mais assistência tecnológica, legal e financeira para que fábricas locais retomem operações em meio à epidemia.

O banco central chinês (PBoC) também vem atuando com medidas de estímulo e injeções de liquidez no sistema bancário, na tentativa de amenizar os efeitos econômicos do coronavírus. Na noite de hoje, existe a expectativa de que o PBoC reduza seus juros principais.

O único indicador europeu relevante do dia foi divulgado no Reino Unido. A taxa anual da inflação britânica acelerou de 1,3% em dezembro para 1,8% em janeiro, superando as expectativas e dando impulso à libra. Às 7h23 (de Brasília), no entanto, a libra voltou a se enfraquecer, caindo a US$ 1,2984, de US$ 1,3000 no fim da tarde de ontem, após tocar a máxima intraday de US$ 1,3024. O euro, por outro lado, subia levemente a US$ 1,0802, de US$ 1,0796 ontem.

Investidores também vão acompanhar hoje a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que será divulgada após o fechamento das bolsas europeias, e pronunciamentos de cinco dirigentes da instituição, três dos quais têm poder de definir juros.

Também às 7h23 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,74%, a de Frankfurt avançava 0,42% e a de Paris de valorizava 0,64%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 0,46%, 0,41% e 0,49%, respectivamente.