As bolsas europeias operam em tom majoritariamente positivo desde a abertura dos negócios desta quinta-feira, em meio à expectativa de que Estados Unidos e China consigam superar o atual impasse em suas negociações comerciais.

Americanos e chineses fecharam um acordo de trégua provisório para reverter a próxima rodada de tarifas da Casa Branca contra mais US$ 300 bilhões em produtos chineses, abrindo o caminho para que as duas maiores potências econômicas globais retomem o diálogo comercial, segundo o South China Morning Post.

Fontes citadas pelo jornal chinês dizem que ambos os lados preparam comunicados de imprensa separados com detalhes do acordo, antes do encontro previsto para sábado (29) entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, às margens da cúpula de líderes do G20 em Osaka, no Japão.

Ontem, Trump voltou a dizer que um acordo comercial com Pequim é possível, mas alertou que está disposto a impor tarifas adicionais aos produtos chineses que ainda não foram punidos se as conversas fracassarem. Horas antes, o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, havia declarado que o pacto estava “90% completo” e poderá ser concluído até o fim do ano.

O apetite por risco na Europa se manteve apesar de um novo indicador frustrante. O chamado índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, caiu de 105,2 em maio para 103,3 em junho, atingindo o menor nível desde agosto de 2016, de acordo com a Comissão Europeia. Ainda na manhã de hoje, a Alemanha divulga números preliminares de inflação ao consumidor de junho.

Às 6h47 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,02% e a de Frankfurt se valorizava 0,41%, mas Paris tinha baixa marginal de 0,01%. Já Milão e Madri exibiam ganhos respectivos de 0,41% e 0,11%, enquanto Lisboa recuava 0,08%. No câmbio, o euro se fortalecia marginalmente, a US$ 1,1374, de US$ 1,1373 no fim da tarde de ontem, e a libra também avançava, negociada a US$ 1,2716, ante US$ 1,2692 ontem.