As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta segunda-feira, revertendo valorização do começo dos negócios e depois de acumularem ganhos por dois pregões seguidos, com investidores acompanhando esforços de vários países para reabrir suas economias, após um longo período de bloqueios para tentar conter a disseminação do coronavírus, mas também atentos a sinais de uma segunda onda de infecções por covid-19 em algumas partes da Ásia.

Na primeira hora de transações, o apetite por risco prevaleceu na Europa em meio a iniciativas de vários governos locais para começar a gradualmente levantar medidas de restrição adotadas em função da pandemia. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou ontem planos para reabrir a economia britânica nos próximos meses.

Os mercados europeus, porém, acabaram perdendo fôlego com indícios de que alguns países asiáticos, como China e Coreia do Sul, podem enfrentar uma nova onda de casos de coronavírus.

Autoridades chinesas relataram hoje 17 novos casos da doença coronavírus no país, marcando o segundo aumento diário consecutivo de dois dígitos. A cidade de Wuhan, onde o surto teve início, voltou a registrar casos no fim de semana, após mais de um mês sem ocorrências. Já na Coreia do Sul, houve um salto no número de infecções.

Às 8h16 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,11%, a de Frankfurt recuava 0,57% e a de Paris cedia 1,19%. Em Madri e Lisboa, as perdas eram de 0,83% e 0,21%, respectivamente. Exceção, o mercado de Milão subia 0,16%.

Também pesa na Europa o fato de as cotações do petróleo voltarem a se enfraquecer hoje, depois de avançarem significativamente na última semana. Em Londres, as ações da petroleira BP tinham queda de 1,51% e as da Shell, de 0,42%. Em Paris, a Total caía 1,62%.

No câmbio, o euro recuava a US$ 1,0816, de US$ 1,0841 no fim da tarde de sexta-feira, e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2315, ante US$ 1,2407 na sexta. Com informações da Dow Jones Newswires.