As bolsas europeias operam em forte baixa na manhã desta segunda-feira, com perdas que chegam a ultrapassar 4%, em reação aos desdobramentos da epidemia de coronavírus, que teve origem na China, mas começa a se espalhar por outros países.

Na Europa, a Itália se tornou o foco dos temores após um surto da doença no norte do país. O governo italiano já relatou ao menos 219 casos e cinco mortes. Além disso, Roma colocou várias cidades da região sob quarentena e determinou o fechamento de escolas, museus e cinemas.

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Também fora da China, houve um avanço alarmante no número de casos de coronavírus na Coreia do Sul e no Irã.

Com as atenções voltadas para a epidemia, um dado positivo revelado mais cedo na Alemanha ficou em segundo plano. O índice Ifo de sentimento das empresas alemãs subiu levemente de janeiro para fevereiro, de 96 para 96,1 pontos, surpreendendo analistas que previam queda do indicador.

Às 9h10 (de Brasília), a Bolsa de Milão tinha o pior desempenho, com um tombo de 4,53%, enquanto a de Londres caía 2,96%, a de Frankfurt recuava 3,41% e a de Paris cedia 3,32%. Já as de Madri e Lisboa tinham perdas de 3,20% e 3,10%, respectivamente.

No câmbio, o euro se enfraquecia a US$ 1,0820, de US$ 1,0852 no fim da tarde de sexta-feira (21), e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2893, ante US$ 1,2963 na sexta.

Por setor, as companhias aéreas lideravam as perdas na Europa. A EasyJet, por exemplo, tinha queda de 13,7% em Londres, e a Air France-KLM recuava 10,2% em Paris.