As bolsas europeias operam em baixa desde a abertura do pregão desta segunda-feira, pressionadas por indícios de que China e EUA podem enfrentar uma segunda onda de infecções por coronavírus e após indicadores chineses que frustraram as expectativas.

A China registrou dezenas de casos de covid-19 no fim de semana, a maioria em Pequim, gerando temores de que o país onde o novo coronavírus teve origem sofra um novo surto da doença. Antes disso, nos EUA, vários Estados já vinham relatando aumento no número de infecções desde que começaram a reverter medidas de isolamento motivadas pelo vírus.

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O impacto da covid-19 também alimenta preocupações sobre o ritmo de recuperação da economia global. Na China, a produção industrial avançou menos do que se esperava e as vendas no varejo caíram mais do que o previsto em maio. Já os investimentos em ativos fixos decepcionaram com uma queda mais acentuada do que se calculava nos primeiros cinco meses do ano.

No noticiário corporativo, destaque para a petrolífera britânica BP, que mais cedo previu que registrará baixas contábeis de US$ 13 bilhões a US$ 17,5 bilhões no balanço do segundo trimestre e reduziu sua projeção para o preço médio do petróleo tipo Brent no período de 2021 a 2050, a US$ 55 por barril. No mercado inglês, a ação da BP caía 3,6% nos negócios da manhã.

Às 6h29 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,14%, a de Frankfurt recuava 1,21% e a de Paris se desvalorizava 1,15%. Já em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 0,90%, 1,39% e 0,66%, respectivamente. No mercado de câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,1255, de US$ 1,1244 no fim da tarde de sexta-feira (12), e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2535, ante US$ 1,2510 na sexta. Com informações da Dow Jones Newswires.