As bolsas europeias operam com viés de baixa desde a abertura do pregão desta sexta-feira, reagindo principalmente aos desdobramentos da epidemia de coronavírus, que está se disseminando em outras partes além da China. Indicadores de manufatura positivos da região, no entanto, limitam as perdas.

A China relatou a ocorrência de 889 novos casos de infecção por coronavírus e 118 mortes ontem. Com a última atualização, o total de casos confirmados no gigante asiático desde o início do surto atingiu 75.465, com 2.236 mortes.

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Já a Coreia do Sul divulgou hoje 100 novos casos da doença, que elevam o total no país a 204, um dia depois de anunciar seu primeiro óbito. No Japão, já foram registradas três mortes causadas por coronavírus.

Embora investidores na Europa permaneçam focados no coronavírus, as últimas pesquisas da IHS Markit sobre índices de atividade (PMIs) trouxeram algum alívio, principalmente por causa do setor manufatureiro.

Na zona do euro, o PMI composto – que engloba indústria e serviços – subiu de 51,3 em janeiro para 51,6 em fevereiro, atingindo o maior nível em seis meses. Apenas o PMI industrial da zona do euro avançou de 47,9 para 49,1 no mesmo período, tocando o maior patamar em 12 meses e surpreendendo analistas que previam queda. Na Alemanha e no Reino Unido, os PMIs industriais também apresentaram altas inesperadas.

Foram revelados ainda dados finais de inflação da zona do euro, cuja taxa anual acelerou de 1,3% em dezembro para 1,4% em janeiro, como já indicava estimativa preliminar. Apesar do avanço, a inflação da região permanece bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%.

Às 8h01 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,20%, a de Frankfurt recuava 0,10% e a de Paris se desvalorizava 0,17%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,34%, 0,14% e 0,90%, respectivamente.

No câmbio, o euro subia levemente a US$ 1,0800, de US$ 1,0791 no fim da tarde de ontem, e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2913, ante US$ 1,2879 na véspera. Com informações da Dow Jones Newswires.