As bolsas europeias operam em alta na manhã desta terça-feira, após os mercados chineses reagirem com um rali a novas medidas de estímulo de Pequim e com investidores mantendo tom otimista depois de Estados Unidos e México chegarem a um acordo sobre crise migratória, no fim da semana passada, que impediu a Casa Branca de aplicar tarifas a todos os produtos mexicanos.

O tom positivo na Europa vem na esteira do fechamento das bolsas asiáticas, que subiram de forma generalizada depois que o governo da China prometeu apoiar emissões de bônus especiais destinadas a financiar grandes projetos de infraestrutura, em mais uma iniciativa para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo. O principal mercado acionário chinês, o de Xangai, saltou 2,58% hoje.

O apetite por risco também continua depois de EUA e México chegarem a um consenso para lidar com a questão da imigração ilegal, levando a Casa Branca a reverter uma ameaça de tarifar bens mexicanos a partir desta semana.

Por outro lado, as negociações comerciais entre americanos e chineses permanecem num impasse. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou tarifar mais US$ 300 bilhões em produtos chineses se o presidente da China, Xi Jinping, não comparecer a uma reunião de líderes do G20 prevista para o fim do mês, no Japão. A expectativa é que Trump e Xi discutam um acordo comercial bilateral às margens do evento, mas Pequim ainda não confirmou a presença do líder chinês.

Da agenda de indicadores europeu, o destaque de hoje são os últimos números do mercado de trabalho britânico, que mais cedo levaram a libra a reverter queda e atingir as máximas do dia. A taxa de desemprego do Reino Unido se manteve estável em 3,8% no trimestre até abril, no menor nível desde 1974, e os salários no país tiveram avanço anual de 3,4% no período, um pouco maior do que o ganho de 3,3% observado no trimestre até março.

Ainda no Reino Unido, começou a disputa para suceder a primeira-ministra Theresa May, com dez candidatos cobiçando a posição de líder do Partido Conservador, da qual May abriu mão na semana passada em meio a dificuldades para avançar com o Brexit, como é conhecido o processo para o que o país saia da União Europeia.

Às 7h11 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,48%, a de Frankfurt avançava 1,31% e a de Paris se valorizava 0,79%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,97%, 0,35% e 0,57%, respectivamente. No câmbio, a libra se fortalecia a US$ 1,2713, de US$ 1,2693 no fim da tarde de ontem, mas o euro recuava levemente, a US$ 1,1319, de US$ 1,1321 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.