As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quinta-feira, à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e na esteira de indicadores da zona do euro e da Alemanha.

Embora não haja expectativa de medidas adicionais do BCE, investidores ficarão atentos à coletiva de imprensa de seu presidente, Mario Draghi, que fala a partir das 9h30 (de Brasília). Espera-se que Draghi comente sobre vários assuntos, incluindo a situação da economia da zona do euro e o agravamento das tensões comerciais globais.

Analistas também esperam que Draghi forneça detalhes sobre o plano do BCE de lançar uma terceira rodada de empréstimos baratos – destinados ao setor bancário da zona do euro – a partir de setembro.

Além disso, o BCE poderá reduzir suas projeções de crescimento econômico do bloco europeu, fator que ajudou o juro do bônus alemão (o chamado Bund) de 10 anos a renovar mínima histórica mais cedo, a -0,236%.

Da agenda de indicadores de hoje, as encomendas à indústria da Alemanha surpreenderam ao subir 0,3% em abril ante março, superando projeção do mercado de alta de 0,1%, graças ao bom desempenho das encomendas externas. Também foi divulgada a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2019 ante o último trimestre de 2018 e teve expansão de 1,2% na comparação anual, confirmando estimativas preliminares.

A valorização na Europa nesta manhã também vem depois de as bolsas de Nova York acumularem fortes ganhos nos dois últimos pregões, diante da crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) terá de cortar juros nos próximos meses para compensar os efeitos das disputas comerciais protagonizadas pelo presidente americano, Donald Trump.

Às 7h18 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,59%, a de Frankfurt avançava 0,69% e a de Paris tinha alta 0,62%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,84%, 0,74% e 0,41%, respectivamente. No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,1236, de US$ 1,1228 no fim da tarde de ontem, e a libra operava praticamente estável, a US$ 1,2695.

No noticiário corporativo, a Renault era destaque negativo, com queda de 6,5% em suas ações, após a Fiat Chrysler retirar ontem uma proposta de fusão com a montadora francesa. Em Milão, o papel da Fiat subia cerca de 0,5%, revertendo perdas de mais de 3% na abertura dos negócios. Com informações da Dow Jones Newswires.