As bolsas europeias operam em alta nesta manhã, com os investidores à espera de discursos dos presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen, e do Banco Central Europeu, Mario Draghi, durante o simpósio anual do Fed em Jackson Hole (Wyoming).

O pronunciamento de Yellen está previsto para as 11h e o de Draghi, para as 16h. Os horários citados são de Brasília. Embora não haja expectativa de que sejam feitos importantes anúncios de política monetária, os comentários de ambos serão acompanhados de perto.

“Esperamos que o BCE continue acomodatício, e (Draghi) precisa dizer isso para limitar a tendência de alta do euro e limitar o risco ao crescimento econômico”, disse Philippe Waechter, economista-chefe da Natixis Asset Management.

Se Draghi não disser nada nesse sentido, os mercados podem entender isso como um sinal de que devem continuar comprando euros, acrescentou Waechter.

Quanto à agenda europeia de hoje, saíram mais cedo importantes indicadores da Alemanha. Segundo a Destatis, como é conhecida a agência de estatísticas alemã, o PIB da maior economia da zona do euro cresceu 0,6% no segundo trimestre ante o primeiro e apresentou expansão anual de 2,1% no mesmo período, confirmando estimativas preliminares divulgadas no último dia 15. Já o índice Ifo de sentimento das empresas alemãs caiu a 115,9 em agosto, após atingir a máxima histórica de 116 em julho, mas ficou acima da projeção do mercado, que era de leitura de 115,5.

Às 7h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,38%, a de Paris avançava 0,25% e a de Frankfurt, 0,33%. Entre mercados europeus considerados periféricos, Madri e Milão tinham ganhos de 0,35% e 0,40%, respectivamente, enquanto Lisboa operava praticamente estável. No mercado cambial, o euro avançava a US$ 1,1818, e a libra esterlina seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2837.

Entre as ações, a Fiat Chrysler era destaque positivo, com alta de 0,40% em Milão, após responder a um pedido do regulador de mercado italiano que “não tem informações novas” sobre o interesse da chinesa Great Wall Motors pela Jeep, que pertence à montadora ítalo-americana.

Já no setor varejista, o francês Carrefour recuava mais de 2% e o holandês Ahold Delhaize sofria um tombo de quase 5%, após notícia de que a Amazon reduzirá os preços cobrados pela Whole Foods, que foi adquirida pelo gigante online em meados do ano. Com informações da Dow Jones Newswires.