Uma forte alta foi registrada nos principais mercados acionários europeus, que foram impulsionados pelo resultado do primeiro turno da eleição presidencial da França. As bolsas europeias comemoraram a diminuição dos temores na União Europeia (UE) após o candidato centrista Emmanuel Macron vencer a disputa e ser considerado o favorito contra Marine Le Pen, de extrema-direita, no segundo turno.

Na Europa, diversos líderes se posicionaram a favor da vitória de Macron contra Le Pen. A Comissão Europeia afirmou que Macron representa os valores pró-europeus, enquanto Le Pen procura a destruição da UE. Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, disse acreditar que Le Pen não irá vencer a eleição francesa e pediu que os franceses se envolvessem e defendessem o bloco. Na Alemanha, integrantes do governo da chanceler Angela Merkel se posicionaram a favor do candidato centrista. O porta-voz da chancelaria alemã, Steffen Seibert, desejou a Macron “o melhor para as próximas duas semanas”. O segundo turno irá ocorrer em 7 de maio.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 2,08% (+7,85 pontos), a 385,97 pontos, no maior patamar desde dezembro de 2015.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 4,14%, a 5.268,85 pontos, com o maior ganho diário desde maio de 2010. Instituições financeiras foram as maiores beneficiadas com o resultado eleitoral francês, com o Crédit Agricole subindo 10,86%, o Société Générale avançando 9,86% e o BNP Paribas fechando em alta de 7,52%.

O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, também registrou forte alta, ao avançar 3,37% nesta segunda-feira, para 12.454,98 pontos. O Commerzbank fechou em alta de 9,41% e o Deutsche Bank avançou 9,16%.

Já em Londres o índice FTSE-100 subiu 2,11%, para 7.264,68 pontos. Entre os bancos, o Lloyds ganhou 2,91% e o Barclays teve expansão de 5,41%. No Reino Unido, a vitória de Macron também repercutiu. Em solo britânico, existe a perspectiva de que uma possível vitória de Le Pen pode ajudar o Reino Unido, já que ela poderia intermediar a favor de um Brexit suave, ao pensar em conseguir seguir os passos em um segundo momento e iniciar o Frexit. No entanto, a vitória de Macron sugere que, apesar de o centrista ser favorável ao bloco, ele tornará as negociações do Brexit menos turbulentas.

Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou em alta de 4,77%, a 20.684,41 pontos, na máxima. A eleição na França acabou por ofuscar o rebaixamento do rating soberano da Itália, na sexta-feira, pela agência de classificação de risco Fitch, de BBB- para BBB, com perspectiva estável. Instituições financeiras registraram fortes ganhos, com o Intesa Sanpaolo subindo 7,48% e o Unicredit avançando 13,20%.

O índice Ibex-35, da bolsa de Madri, ganhou 3,76%, a 10.766,80 pontos. Já em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 2,48%, para 4.997,54 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)