As principais bolsas da Europa operam em baixa de mais de 1% na manhã desta quinta-feira, pressionadas por um forte salto no número de casos de coronavírus na China e por balanços decepcionantes de grandes empresas e bancos da região.

A China divulgou nesta madrugada que o coronavírus causou mais 254 mortes e teve 15.152 novos casos registrados nacionalmente ontem. O número diário de casos deu um salto em relação à média dos dias anteriores, em função de uma nova metodologia adotada na província de Hubei, que é a mais afetada e onde a epidemia teve origem. A metodologia agora também considera casos “clinicamente diagnosticados”.

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Em reação aos últimos dados, o governo chinês decidiu indicar o ex-prefeito de Xangai Ying Yong como principal líder do Partido Comunista em Hubei, que já conta com mais de 48 mil casos de infecção confirmados. Jiang Chaoliang, que até então atuava como líder na região, foi demitido do cargo, segundo a Xinhua, a agência de notícias oficial do país. Dois auxiliares de Jiang também foram afastados.

Os gestores de Hubei vinham sendo severamente criticados pela forma como administraram a crise de saúde, que começou na capital da província, Wuhan, e já atinge mais de 20 outros países.

Citando preocupações com o coronavírus, a União Europeia manteve hoje sua projeção de crescimento da zona do euro em 1,2% tanto neste ano quanto em 2021.

Investidores também repercutem informes financeiros publicados mais cedo. A Airbus teve um prejuízo inesperado no quarto trimestre, enquanto o Credite Suisse mais do que triplicou seus ganhos no mesmo período, mas o resultado ficou abaixo do esperado e o Barclays lucrou menos do que se previa em 2019. A ação da Airbus caía 1,35% em Paris; enquanto a do Credit Suisse tinha baixa marginal de 0,07% em Zurique, apagando a maior parte da queda de mais cedo; e a do Barclays perdia 2,4% em Londres.

Às 8h36 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,62%, a de Frankfurt recuava 1,06% e a de Paris se desvalorizava 1,20%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,92%, 1,41% e 0,10%, respectivamente. No câmbio, o euro cedia levemente a US$ 1,0870, de US$ 1,0874 no fim da tarde de ontem, mas a libra se fortalecia a US$ 1,2981, de US$ 1,2959 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.