As bolsas europeias mostram certa volatilidade nas primeiras horas do pregão desta terça-feira, favorecidas, de um lado, pelo alívio nos temores com a saúde da economia global após dados animadores sobre manufatura da China e Estados Unidos, mas pressionadas, do outro, por incertezas relativas ao processo de retirada do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit.

Números positivos sobre atividade manufatureira divulgados nos últimos três dias na China e nos Estados Unidos deram algum ânimo aos investidores, que vinham se preocupando com abundantes sinais de desaceleração da economia mundial.

O drama do Brexit, no entanto, restringe a demanda por ações, diante do crescente risco de que o Reino Unido deixe a UE sem um acordo que regule suas relações futuras.

Desde o início do ano, o Parlamento britânico rejeitou três acordos de Brexit propostos pela primeira-ministra Theresa May, o último deles na sexta-feira passada (29). E ontem, os legisladores não conseguiram reunir maioria para nenhuma de uma série de planos alternativos apresentados para o acordo.

Já a agenda de indicadores da Europa de hoje traz apenas os números de inflação ao produtor da zona do euro. A taxa anual ficou em 3% em fevereiro, um pouco abaixo da previsão de analistas, de 3,1%.

Às 7h28 (de Brasília), os mercados acionários europeus tentavam se firmar em território positivo, após alternarem altas e baixas mais cedo. A Bolsa de Londres avançava 0,73%, a de Frankfurt, 0,27%, e a de Paris, 0,23%. Em Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,11% e 0,20%, respectivamente. Exceção, o índice italiano FTSE-Mib caía 0,04% em Milão.

No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1201 no horário acima, de US$ 1,1214 no fim da tarde de ontem, e a libra seguia a mesma direção, negociada a US$ 1,3051, ante US$ 1,3117 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.