As bolsas norte-americanas fecharam mais um dia no negativo após sucessivas altas no mês passado e a Nasdaq, onde estão listadas as principais empresas de tecnologia do mundo, foi a mais afetada, em queda de 4,11%.

No pregão desta terça-feira (8), a Nasdaq recuou aos 10,847 pontos, enquanto o Dow Jones caiu 2,25% e o S&P 500, índice de referência onde estão as maiores empresas do mundo, fechou negativo em 2,78%.

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A Tesla, que vinha liderando as altas entre as companhias nos últimos meses, caiu 21,06%, negociada a US$ 330,21, enquanto a Apple, empresa mais valiosa dos EUA, recuou 6,73%, com os papeis negociados a US$ 112,82.

A derrocada da Nasdaq teve início na semana passada, que teve na quinta-feira (3) o pior pregão desde junho ao cair 5%.

Os fatores que podem explicar o desanimo nos investidores são vários e os principais atingem a guerra ideológica travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra as empresas chinesas; os rumos incertos das eleições presidenciais de novembro e o retorno dos casos de infecção pela covid-19 na Europa e na América do Norte.

Na semana passada, a Apple acumulou queda de 12%, após atingir pico na terça-feira (1), enquanto a Alphabet, empresa que controla o Google, acumulou declínio de 8% no mesmo período.

A Tesla, que era uma das expectativas do mercado para inclusão no índice S&P 500, acabou ficando de fora da listagem e viu uma possível concorrente, a montadora de carros elétricos Nikola, vender 11% de suas ações para a General Motors, impulsionando os papéis para chegar a um aumento de 40,79% nesta terça-feira (8).

Analistas agora começam a se questionar se os ganhos do início do verão norte-americano eram irreais e tudo não passava de uma “bolha das techs”.