As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta quinta-feira, 15, em alta firme, o quinto ganho consecutivo, em meio a um cenário de apetite renovado pelo risco. Como pano de fundo macroeconômico, a alta em linha com o consenso do mercado do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e a queda inesperada da produção industrial embasam o sentimento de que não há superaquecimento na economia dos Estados Unidos.

O índice Dow Jones subiu 306,88 pontos (+1,23%), para 25.200,37 pontos. O Nasdaq avançou 112,81 pontos (+1,58%), a 7.256,43 pontos. O S&P 500 teve elevação de 32,57 pontos (+1,21%), para 2.731,20 pontos.

Pela quinta sessão consecutiva, os mercados globais vivem um respiro para os investimentos de risco. A retomada do fôlego vem ao mesmo tempo em que sinais de aceleração da inflação americana e de superaquecimento da economia diminuíram, afastando a visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tenha de fazer um aperto monetário mais intenso do que o projetado.

Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que o índice de preços do consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% na passagem de dezembro para janeiro – acima do esperado. Nesta quinta, o mesmo órgão divulgou que o PPI avançou 0,4% no mesmo período, em linha com o consenso de mercado. Com o índice na porta das fábricas comportado, o temor de um avanço forte da inflação no varejo se dissipou, por ora.

Ao mesmo tempo, os dados da produção industrial dos Estados Unidos corroboraram com a visão de que a economia americana segue crescendo, mas sem euforia. O indicador caiu 0,1% na passagem de dezembro para janeiro, segundo o Fed, contrariando a expectativa de alta de 0,3%. Nesta quinta, as vendas no varejo também decepcionaram o mercado e levaram grandes bancos a reduzir a projeção de crescimento no país no primeiro trimestre de 2018.

Setorialmente, o destaque de ganhos foi do setor de tecnologia. As ações da Apple saltaram 3,36%, as da Microsoft ganharam 2,04% e as da Amazon subiram 0,74%.