As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, com investidores em compasso de espera por notícias sobre a assinatura do acordo comercial “fase 1” entre Estados Unidos, previsto para janeiro. O Nasdaq terminou o dia na contramão dos demais índices acionários, renovando recorde de alta no fechamento.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,10%, em 28.239,28 pontos. O Nasdaq avançou 0,05%, a 8.827,73 pontos e o S&P 500 finalizou o pregão com leve queda de 0,04%, a 3.191,14 pontos. O Dow Jones e o S&P 500 encerraram nas mínimas do dia, perdendo fôlego nos minutos finais.

Contribuiu para alta na bolsa tecnológica Nasdaq as ações do Facebook, que tiveram valorização de 2,07%, e os papéis do Twitter, que subiram 3,19%. Na S&P, destaque para as ações do setor financeiro. Well Fargo caiu 1,23% e Morgan Stanley recuou 0,10%.

As bolsas de Nova York abriram em território positivo, com investidores ainda mantendo o otimismo com o anúncio da conclusão do acordo comercial “fase 1” entre os governos americano e chinês. Mas a falta de notícias sobre detalhes do pacto abriram espaço para incertezas, contendo os ganhos.

A LPL Financial afirmou em relatório que as ações estavam buscando orientação nesta manhã, com o ano de 2019 terminando e as manchetes comerciais se dissipando. “As ações poderiam continuar flutuando mais alto, já que a segunda quinzena de dezembro foi historicamente um dos períodos mais fortes do índice S&P 500”, avaliou a corretora.

No mercado americano, os investidores também acompanharam nesta quarta-feira as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Chicago, Charles Evans (que vota) afirmando que a inflação continua preocupantemente baixa, apesar de ressaltar que a economia americana está se saindo “notavelmente bem”, com um mercado de trabalho vibrante e força no consumo.

Quanto à política monetária, Evans disse que ela está “em um bom lugar”, mas acrescentou que está “pessoalmente preocupado” com o fato de que a inflação continue a ficar abaixo da meta de 2% do Fed. Para ele, o BC americano deve permitir que a inflação suba acima desse patamar por um tempo, até que a média volte à meta do Fed. A falta de pressa do Fed em elevar os juros tende a ser positiva para as bolsas de Nova York.