As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, 20, em jornada marcada pelo fraco apetite por risco entre investidores. Como no pregão anterior, o setor de tecnologia seguiu pressionado, mas a forte queda do petróleo penalizou papéis do setor de energia, enquanto os do varejo também tiveram baixas consideráveis, na esteira de notícias negativas da Target. Além disso, a cautela com as tensões comerciais entre EUA e China e os riscos para o crescimento global continuaram a ser considerados.

O índice Dow Jones fechou em queda de 2,21%, em 24.465,64 pontos, o Nasdaq recuou 1,70%, para 6.908,82 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 1,82%, a 2.641,89 pontos. O Dow Jones e o S&P 500 agora mostram queda ao longo de todo o ano de 2018, enquanto o Nasdaq apresenta alta modesta, de 0,08%.

A fraqueza do setor de tecnologia vista no dia anterior se disseminou por outros setores. Entre as tecnológicas, Apple registrou baixa de 4,79%. Após na segunda-feira perder quase 4% graças a uma reportagem do Wall Street Journal que falava em cortes na produção de iPhone, a perspectiva do papel foi revisada em baixa pelo Goldman Sachs. O banco prevê agora a ação em US$ 182, quando antes o preço-alvo era de US$ 209. Ainda no setor, Microsoft teve baixa de 2,78% e Netflix cedeu 1,34%.

No varejo, algumas notícias do setor fizeram investidores se mostrarem mais pessimistas sobre as perspectivas do segmento. Target recuou 10,53%, após informar que enfrentará mais custos com sua cadeia de fornecedores e os salários de seus funcionários.

Ações do setor de energia também se saíram mal, em dia de queda de mais de 6% nos contratos de petróleo, diante do dólar valorizado, do menor apetite por risco e de notícias geopolíticas, como o apoio dos Estados Unidos ao governo da Arábia Saudita, que reduz a perspectiva de corte na oferta, segundo analistas. A ação da Exxon teve queda de 2,89% e a da ConocoPhillips recuou 3,69%.

Executivo-chefe da Gaithersburg, Ryan Wibberley afirma não estar convencido de que a onda de venda de ações tenha terminado. Segundo ele, os índices acionários devem cair mais, mas a crença na força da economia americana está mantida. (Com informações da Dow Jones Newswires)