Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta segunda-feira em alta, reagindo aos sinais de estímulos econômicos na Alemanha e na China. No domingo,

o ministro de Finanças alemão, Olaf Scholz, sugeriu que o país poderá liberar cerca de 50 bilhões de euros para gastos extras, enquanto no sábado o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou reforma no sistema de juros, como forma de facilitar condições de financiamento. Nesse cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,95%, aos 372,40 pontos.

Scholz anunciou a possibilidade de liberar cerca de 50 bilhões de euros para gastos extras como forma de conter uma futura crise econômica. A sinalização de estímulo vem em um cenário de desaceleração da economia mundial – hoje, a zona do euro anunciou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1% na comparação anual de julho, 0,3 ponto porcentual a menos do que o verificado em junho. Em relatório divulgado a clientes, o JPMorgan entende que há espaço fiscal para levar a cabo a intenção do ministro.

Ajudou na percepção de que diferentes governos agirão em caso de desaceleração econômica o anúncio da reforma do sistema de juros da China, que, a partir desta noite, estabelecerá uma taxa básica a partir de uma média dos juros praticados por 18 bancos do país. Segundo analistas, isso pode resultar em juros mais baixos e apoiar o crescimento econômico local.

Segue no radar dos investidores, também, a percepção de melhora no clima dos mercados internacionais, na medida em que o governo dos Estados Unidos estendeu por mais 90 dias a licença para a Huawei comprar suprimentos de empresas americanas.

Com isso, na principal economia da zona do euro, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, encerrou o dia em alta de 1,32%, aos 11.715,37 pontos. Montadoras se destacaram, como a Daimler e a Volkswagen, que avançaram ambas 1,76%.

Movimento similar foi verificado em Paris, onde o índice CAC 40 fechou em alta de 1,34%, aos 5.371,56 pontos. Por lá, Peugeot se fortaleceu 1,89% e Renault, 1,76%.

Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 1,02%, aos 7.189,65 pontos, com ganho de 2,43% nos papéis da Anglo American. Já em Milão, o índice FTSE-MIB avançou 1,93%, a 20.715,49 pontos. Entre os destaques na bolsa italiana, Intesa Sanpaolo subiu 1,71% e Telecom Italia, 2,56%. Fiat Chrysler teve ganho de 1,86%.

O índice Ibex 35, da bolsa de Madri, se fortaleceu 0,73%, aos 8.733,30 pontos, enquanto em Lisboa o PSI-20 avançou 0,98%, aos 4.851,39 pontos.