As bolsas da Europa fecharam em alta, com impulso da temporada de balanços e na esteira de uma sessão positiva nos mercados acionários asiáticos e americanos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve avanço de 0,46%, aos 463,84 pontos.

Em Londres, o FTSE 100 fechou com alta de 0,88%, a 7.078,42 pontos. As ações da Anglo American tiveram alta de 5,36%, após a empresa registrar um salto no lucro do trimestre mais recente. Assim como a holandesa ArcelorMittal, que contou com alta de 4,07%, após reverter prejuízos e lucrar no último trimestre. No caso do Lloyds, houve queda de 1,24%, apesar do salto de 12,7% no lucro trimestral ante mesmo período de 2020. A AstraZeneca, por sua vez, registrou queda de 27,24% no lucro na comparação anual e viu suas ações terem queda de 0,13% neste pregão.

O francês CAC 40 avançou 0,37%, a 6.633,77 pontos. Apesar das quedas registradas pelos papeis do Casino Guichard-Perrachon (-0,78%) e da Airbus (-0,61%), mesmo tendo reduzido e revertido, respectivamente, o prejuízo do semestre anterior. Em um dia com avanços no mercado de petróleo, o avanço de 2,17% da TotalEnergies contribuiu para a alta do índice.

Já em Frankfurt, o DAX subiu 0,45%, a 15.640,47 pontos, e, em Milão, o FTSE MIB subiu 1,01%, a 25516,46 pontos.

A Royal Dutch Shell viu sua ação de classe A subir 3,77%, apesar da queda do lucro na comparação anual, enquanto a Volkswagen avançou 1,73%, ao reverter prejuízo e lucrar no segundo trimestre.

Por outro lado, a gigante Anheuser-Busch InBev viu suas ações despencarem 5,83% na bolsa de Bruxelas, apesar do forte lucro registrado. A companhia disse ainda estar lidando com os desafios dos gargalos na cadeia produtiva. Os papéis da Telefónica (-0,83%) também fecharam em território negativo, após a companhia informar queda na receita. Na Suiça, os do Credit Suisse caíram 1,98%, após o banco divulgar lucro trimestral inferior ao do mesmo período do ano passado.

Contribuiu para o clima positivo nos mercados a melhora da confiança entre empresários e consumidores nas últimas semanas na região. A Comissão Europeia informou hoje que o índice de sentimento econômico da zona do euro atingiu o maior nível da história, ao subir a 119 pontos no mês de julho.

Nas praças ibéricas, o Ibex 35 subiu 0,60%, a 8.786,30 pontos, em Madri, e o PSI 20 avançou 0,49%, a 5.119,48 pontos, em Lisboa.

Para a Oxford Economics, o dado confirma que o bloco europeu caminha para crescimentos recordes nos próximos meses. No entanto, a consultoria ressalta que, por conta do avanço da variante delta do coronavírus, é possível que o sentimento piore nos próximos meses.

As bolsas europeias ainda assimilaram a decisão de política monetária do Federal Reserve, divulgada ontem após o fechamento dos mercados.

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