As principais bolsas europeias fecharam novamente sem direção única nesta quarta-feira, 13, a poucas horas da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que atrai a atenção de investidores em todo o mundo. É esse justamente o motivador das oscilações que dividiram os mercados vistos como de maior relevância entre os campos positivo e negativo e até, como na Bolsa de Londres, uma estabilidade selada no último minuto de pregão.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve avanço de 0,19%, para os 388,25 pontos.

Na agenda de indicadores, a Eurostat tornou público que a produção industrial da zona do euro diminuiu 0,9% de março para abril, resultado pior que o previsto por analistas consultados pelo Wall Street Journal, de queda de 0,7%. Na comparação anual, a indústria do bloco aumentou a produção em 1,7% em abril, mas o resultado ficou bem aquém da projeção do mercado, de acréscimo de 3,2%.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 2,4% em maio ante igual mês do ano passado, segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS). A previsão era de alta maior, de 2,5%. A inflação britânica anual permanece bem acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 ficou estável, aos 7.703,71 pontos. Com a alta dos preços do cobre, as ações da Glencore escalaram 3,75%, mas, na ponta oposta, as da BP cederam 0,90% e as da Vodafone perderam 1,54%. É digno de registro que, pelo segundo dia seguido, o Parlamento do Reino Unido foi palco de debates acalorados em torno do Brexit, deixando claro que a vitória apertada da primeira-ministra Theresa May, que conteve por ora a ingerência do Legislativo na decisão final sobre as condições da saída britânica da União Europeia, é frágil e apenas parcial.

Em Paris, o CAC 40 esteve próximo à estabilidade, mas terminou cedendo 0,01%, aos 5.452,73 pontos. A despeito da quase ausência de variação, as ações da Air France-KLM dispararam 4,22%.

O DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, encerrou com ganho de 0,38%, aos 12.890,58 pontos. Os papéis da Lufthansa (+3,42%) lideraram as altas desse índice, proeminência atribuída por um operador a números “fortes” de tráfego de passageiros da Fraport, operadora do aeroporto de Frankfurt. O pódio do terreno positivo na praça germânica é completado pelas ações da Bayer (+2,63%) e da Siemens (+2,02%).

Em Milão, o FTSE MIB estabilizou em ascensão de 0,44%, aos 22.216,18 pontos. Como é praxe, papéis de bancos foram os principais catalisadores da variação do composto italiano: Banca Carige ganhou 1,25%, UniCredit subiu 1,42% e Intesa Sanpaolo teve alta de 0,52%.

Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 caiu 0,15%, para os 9.899,10 pontos, enquanto o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, avançou 0,36%, para os 5.683,46 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)