As bolsas da Europa fecharam mistas, com a maioria em território positivo, nesta segunda-feira, 20, em meio ao tombo dos preços do petróleo que pressionou ações ligadas ao setor de energia. A percepção de que o coronavírus está desacelerando em vários países do continente, no entanto, atenuou a aversão ao risco e fez com que o índice Stoxx 600 encerrasse em alta de 0,67%, a 335,70 pontos.

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Na contramão, o subíndice de petróleo e gás recuou 0,49%, na esteira do derretimento dos contratos futuros da commodity. O WTI para maio, que vence amanhã, despencou a menos de US$ 10 o barril, enquanto o com entrega para junho, o mais líquido, recuava cerca de 10% no início da tarde (em Brasília), com cotação próxima de US$ 22. O cenário prejudicou o desempenho das petroleiras, com o papel da BP caindo 0,41% na Bolsa de Londres, embora o índice FTSE 100 tenha tido alta de 0,45%, a 5.812,83 pontos.

Hoje, o Reino Unido e a União Europeia (UE) retomam as negociações sobre o Brexit. Os britânicos rejeitam qualquer proposta de estender o período de transição para além de 31 de dezembro em 2020. “Os mercados não precisavam de mais uma coisa para se preocupar este ano”, avalia o BBH.

Apesar disso, o noticiário sobre a covid-19 trouxe certo alívio aos negócios. No final de semana, a Europa ultrapassou a marca de 1 milhão de casos, mas os dados em vários países indicaram que a pandemia está perdendo força no continente. Ontem, a França teve 395 novos registros da doença, o menor número em três semanas, o que ajudou o índice CAC 400 a subir 0,65%, a 4.528 pontos, na Bolsa de Paris.

Já a Itália, que chegou a ser o epicentro mundial da pandemia, teve o menor avanço diário no número de mortes, com 433 novos óbitos. No entanto, o primeiro-ministro Giuseppe Conte descartou a possibilidade de reabertura da economia em algumas regiões. Com isso, o FTSE MIB registrou leve alta de 0,05%, a 17.064,14 pontos, na Bolsa de Milão.

Na Alemanha, alguns comércios receberam a autorização para reabrir nesta segunda, enquanto o ministro da Saúde, Jens Spahn, garantiu que a epidemia está “sob controle e é gerenciável”, embora a chanceler Angela Merkel tenha advertido para a “fragilidade” do êxito. Em meio ao retorno de algumas atividades, o índice DAX avançou 0,47%, a 10.675,90 pontos, em Frankfurt.

Em Madrid, o Ibex 35 caiu 0,64%, a 6.831,50 pontos, e, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 recuou 1,02%, a 4.129,50 pontos. (Com agências internacionais).