As bolsas europeias fecharam em queda nesta terça-feira, 6, em meio a incertezas com políticas internas, enquanto os investidores ficaram no aguardo pelos resultados das eleições de meio de mandato nos EUA.

A bolsa de Londres fechou em queda de 0,89%, aos 7.040,68 pontos; Paris caiu 0,51%, aos 5.075,19 pontos; e Frankfurt recuou 0,09%, aos 11.484,34 pontos. Já a bolsa de Milão perdeu 0,07%, aos 19.268,29 pontos; Madri desvalorizou 0,24%, aos 8.988,90 pontos, e Lisboa caiu 0,20%, aos 4.977,68 pontos.

Os entraves da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) seguem como um dos principais condutores no mercado acionário. Líder do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), a maior sigla da Irlanda do Norte, o deputado Jeffrey Donaldson afirmou no Twitter que o Reino Unido caminha para uma saída da União Europeia sem acordo com o bloco. Com isso, o chamado Brexit terá consequências “sérias” para a economia da República da Irlanda. Um importante entrave para o diálogo é justamente o status futuro das Irlandas.

Enquanto isso, o negociador-chefe para o Brexit da União Europeia (UE), Michel Barnier, disse nesta terça-feira que não há nenhum acordo do Brexit perto de ser selado. Em discurso em uma conferência católica em Bruxelas, Barnier afirmou ainda que a questão da fronteira irlandesa segue como um dos entraves para chegar a um acordo e que é hora de o Reino Unido fazer suas escolhas.

No entanto, no final da manhã, a libra se fortaleceu e atingiu máximas no dia em relação ao dólar, após um porta-voz da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmar que seu governo continua confiante quanto à possibilidade de um acordo do Brexit, embora também tenha admitido que há dificuldades a resolver nesse diálogo.

Além disso, a situação da Itália também segue no radar. Na Bélgica, os ministros das Finanças da zona do euro continuam a pressionar a Itália para que apresente à Comissão Europeia um novo plano de orçamento para 2019 e os anos seguintes.

No início da tarde (horário de Brasília), o governo da Itália apresentou uma moção de confiança no Parlamento, que está ligada a um decreto do setor de segurança, segundo a agência Ansa. A votação depende ainda da autorização do conselho de ministros, segundo o ministro para Relações com o Parlamento, Riccardo Fraccaro.

A agência diz que o partido Forza Italia não pretende participar da votação no Senado. Ministro do Interior, Matteo Salvini previu que as medidas na área de segurança devem ser aprovadas, com regras mais duras para criminosos.

Embora questões internas tenham guiado os investidores, o mercado operou atrelado também às eleições de meio de mandato dos Estados Unidos para toda a Câmara, um terço do Senado e 36 governadores. O resultado, que começa a ser divulgado nesta terça no final da noite, poderia mudar o controle do Congresso e colocar um freio em grande parte da agenda da Casa Branca pelos próximos dois anos. (Com informações da Dow Jones Newswires)