As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, em meio a ajustes de portfólio típicos de fim de trimestre e preocupações com a direção das políticas econômicas dos EUA e o andamento de negociações para a separação do Reino Unido e da União Europeia, mas as chinesas se recuperaram de perdas recentes na esteira de dados encorajadores de atividade manufatureira.

Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,81%, a 18.909,26 pontos, atingindo o menor nível desde 9 de fevereiro, à medida que investidores optaram por realizar lucros antes do fim de semana.

No mercado de Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 0,78%, a 24.111,59 pontos, enquanto em Seul, o Kospi recuou 0,20%, a 2.160,23 pontos, após um tribunal decidir ontem pela prisão da ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye, que foi recentemente deposta por causa de um escândalo de corrupção.

Na China, por outro lado, as bolsas interromperam uma sequência de quatro pregões negativos e terminaram o dia com ganhos, ainda que modestos. O Xangai Composto subiu 0,38%, a 3.222,51 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35%, a 1.986,47.

A recuperação em Xangai e Shenzhen veio após o governo chinês divulgar indicador mostrando que a manufatura se expandiu neste mês no ritmo mais forte desde abril de 2012.

Entre bolsas asiáticas menores, o Taiex registrou baixa de 0,37% em Taiwan, a 9.811,52 pontos, enquanto o filipino PSEi caiu 0,28% em Manila, a 7.311,72 pontos.

Permanecem no radar de investidores na Ásia futuras medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, nos âmbitos comercial e fiscal, e as negociações do “Brexit”, como é conhecido o processo para o Reino Unido deixar a UE. Segundo documento publicado mais cedo, a UE não fechará qualquer tipo de acordo comercial com o governo britânico antes da conclusão do “divórcio”.

Na Oceania, a bolsa australiana reverteu o tom positivo das últimas quatro sessões, também afetada pelo remanejamento de portfólios. O S&P/ASX 200 caiu 0,5% em Sydney, a 5.864,90 pontos, depois de renovar máximas em 23 meses nos últimos dias. Com informações da Dow Jones Newswires.