As bolsas asiáticas não tiveram sinal único nesta terça-feira, com Tóquio em alta considerável, mas Hong Kong em baixa e entrando no chamado “bear market”. Na China, a Bolsa de Xangai mostrou pouco fôlego e terminou em queda modesta, com o comércio global no radar.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,72%, em 26.422,55 pontos. Com isso, a bolsa local entrou no “bear market”, caracterizado por uma queda de 20% ou mais em comparação com um pico recente. Ações de cassinos têm mostrado desempenho ruim nas últimas semanas, diante de temores sobre o crescimento chinês e os gastos dos consumidores mais endinheirados. Operadoras de cassinos no território de Macau, Galaxy Entertainment Group e Sands China caíram 5,7% e 3,7%, respectivamente, e recuam ambas mais de 15% até agora em setembro. As duas integram o Hang Seng. Ente os papéis mais negociados, China Tower caiu 0,85% e China Construction Bank teve baixa de 1,37%.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,18%, em 2.664,80 pontos, mas a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,17%, a 1.473,39 pontos. A cautela com possíveis novas tarifas dos Estados Unidos contra o país continuou a colocar um freio no otimismo nas praças locais.

A Bolsa de Tóquio se destacou, com o índice Nikkei em alta de 1,30%, em 22.664,69 pontos. O iene mais fraco ajudou ações de exportadoras do Japão. Além disso, alguns papéis se recuperaram, após ficarem pressionados por desastres naturais ocorridos na semana anterior no país. Entre os destaques, a farmacêutica Daiichi Sankyo subiu 4,3% e Kose, do setor de cosméticos, avançou 3%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve baixa de 0,24%, a 2.283,20 pontos. A gigante do setor eletrônico Samsung recuou 1%, enquanto a siderúrgica Posco cedeu 3,9%, atingindo mínimas em 14 meses diante dos preços mais fracos dos metais. Hyundai Motor teve queda de 2,3%.

Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,25%, a 10.752,30 pontos, encerrando uma série de quatro baixas consecutivas. Fornecedora da Apple, Hon Hai avançou 3,5%, revertendo a queda do dia anterior, que havia sido provocada por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a empresa americana deveria buscar fornecedores em seu próprio país.

Na Oceania, na Bolsa de Sydney o índice S&P/ASX 200 teve alta de 0,62%, a 6.179,70 pontos. Entre os papéis mais negociados, Pancontinental Oil & Gas subiu 11,11% e Australian Mines teve baixa de 15,87%, enquanto Telstra avançou 2,89%.